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O Irã advertiu nesta terça, dia 27, os Estados Unidos a não interferirem nos assuntos internos iranianos, enquanto funcionários de Washington se preparam para discutir se adotam ou não uma postura mais dura contra Teerã. Recentemente, Washington aumentou o tom das críticas, acusando o Irã de abrigar membros da Al-Qaeda e de desenvolver um programa secreto de armas nucleares. Teerã nega as acusações. A Casa Branca, também nesta terça, cutucou o governo iraniano, afirmando não tolerar no Iraque pós-Saddam a criação de uma república islâmica à imagem do Irã.
Do outro lado, o porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores, Hamid Reza Asefi, lançou:
– Nós esperamos que a sabedoria e a lógica tomem conta dos debates americanos e que eles se abstenham de qualquer interferência nos nossos negócios. O Irã sempre defendeu seus interesses com força total e continuará a fazê-lo. O Irã não hesitará nem mesmo por uma fração de momento em defender-se.
A crescente retória hostil de Washington irritou os líderes clérigos iranianos, já incomodados com a presença de tropas americanas no Afeganistão e no Iraque, em áreas próximas às fronteiras iraquianas com o Irã. Recentemente, circularam informações de que o Pentágono poderia estar pressionando por ações mais duras contra o país, incluindo iniciativas para derrubar a liderança religiosa iraniana através de revoltas populares.
Irã e EUA romperam relações diplomática pouco depois da Revolução Islâmica de 1979.
As informações são da agência Reuters.
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