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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nesta quarta, dia 14, o número de crianças iraquianas que poderam ser vítimas da falta de alimentos. De acordo com a instituição, mais de 300 mil podem morrer de subnutrição severa, o dobro das estimativas antes da guerra. A falta de água potável é um dos grandes agravantes da crise.
Segundo a agência, cerca de 8% de todas as crianças iraquianas com menos de cinco anos poderiam ser salvas se as forças de ocupação garantissem segurança para os comboios de ajuda humanitária e mantivessem os saqueadores longe das fontes e canos de água. O Unicef, encarregado de oferecer proteção a crianças do mundo inteiro, disse que, de acordo com uma pesquisa realizada em Bagdá, 7,7% das crianças em centros urbanos estão sofrendo de subnutrição severa, quase o dobro de um ano atrás.
Acredita-se que centenas de milhares de crianças iraquianas tenham morrido de subnutrição durante os 10 anos de sanções econômicas impostas contra o regime deposto do presidente Saddam Hussein.
– Sabíamos, ao entrar na guerra, que as crianças iraquianas eram mal nutridas – disse o representante do Unicef em Bagdá, Carel De Rooy.
Conforme declarações de Rooy, ainda não está sendo feito o suficiente para mudar a situação. Ele informou que semanas depois de as forças norte-americanas e britânicas terem assumido o controle do Iraque, o Unicef ainda estava esperando que assegurance a chegada dos alimentos até os necessitados.
As organizações humanitárias têm reclamado do fracasso das forças de ocupação em restabelecer os serviços públicos e em pôr fim aos saques. A Cruz Vermelha Internacional disse que, embora muitos hospitais em Bagdá e nos arredores da cidade tenham voltado a funcionar, eles ainda enfrentam falta de eletricidade e de água.
Na semana passada, o Organização Mundial da Saúde, alertou para a possibilidade de um surto de cólera em Basra, a segunda maior cidade iraquiana, sob o controle dos britânicos, porque o fornecimento de água não havia sido satisfatoriamente restabelecido.
As informações são da agência reuters.
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