| 26/04/2003 12h28min
Os militares norte-americanos disseram neste sábado, dia 26, que soldados dos EUA que vigiavam um depósito de armas perto de Bagdá foram atacados e que uma rajada disparada pelos agressores provocou uma explosão no arsenal.
– Durante o ataque, o agressor disparou um dispositivo incendiário não-identificado contra o arsenal, fazendo com que ele se incendiasse e explodisse – disse o Comando Central dos EUA, em nota emitida no Catar.
Segundo moradores do bairro de Zaafaraniya, onde ocorreu o incidente, dizem que o número de mortos chega a 40 civis iraquianos. No entanto, a rede de televsião CNN informa que 14 iraquianos morreram. O Comando Central informou que um soldado norte-americano ficou ferido no ataque. O paiol e um prédio vizinho foram destruídos.
O Comando Central disse não saber quantas pessoas participaram do ataque, provavelmente promovido por um grupo anti-americano. Um capitão próximo ao local havia dito à Reuters que as explosões foram causadas por quatro rajadas disparadas por "forças hostis" contra o arsenal.
O tenente Mark Kitchens, porta-voz do Comando Central no Catar, se referiu ao incidente como "um ato desprezível, cometido por indivíduos interessados na continuidade das tradições de terror e brutalidade de Saddam Hussein".
– Essa não é só uma tentativa de atrapalhar o processo de paz, é um crime contra o povo iraquiano – afirmou.
Mas moradores da região, na zona sul de Bagdá, voltaram seu ódio contra os norte-americanos, obrigando-os a abandonar durante alguns instantes o local, disseram soldados que estavam ali.
– A localização do paiol de munição perto de uma área de população civil é outro exemplo do desrespeito do antigo regime pela segurança dos cidadãos – comentou o Comando Central.
Um oficial norte-americano no local negou a acusação feita por moradores, de que os soldados estavam trazendo mais munição para o paiol de outros lugares do Iraque. Ele também negou que as tropas estivessem fazendo detonações controladas dos explosivos existentes no local. As informações são da agência Reuters.
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