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A tomada da cidade de Kirkuk, no norte do Iraque, por combatentes curdos (peshmerga) apoiados por forças americanas, causou nesta quinta, dia 10, um forte mal-estar diplomático entre Estados Unidos e Turquia. As autoridades turcas definiram como "inaceitável" um controle permanente da cidade pelos curdos e anunciaram que enviarão observadores militares para o local. O governo americano apressou-se em garantir que os EUA controlarão a cidade.
– Estivemos em contato com autoridades na Turquia e com iraquianos livres no Norte e acho possível dizer que as forças americanas assumirão o controle de Kirkuk – declarou Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca.
Fleischer também confirmou que os EUA liberaram o envio de um grupo de soldados turcos para Kirkuk. O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, afirmou que chegou a um acordo com a Turquia para que as forças curdas se retirem de Kirkuk.
– Powell deu sua palavra de que novas forças dos EUA seriam enviadas a Kirkuk em algumas horas para retirar os peshmerga que foram para lá – declarou o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Abdullah Gul.
O governo turco teme que os curdos assumam o controle da cidade – o segundo centro petrolífero do Iraque – para conseguir financiamento e criar um Estado independente na região. A Turquia tem o segundo maior exército da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com um contigente de 500 mil homens e disse várias vezes que invadiria o território iraquiano se seus interesses fossem ameaçados.
Os curdos também assumiram o controle do centro de produção petrolífera da cidade de Khaneqin (a 145 quilômetros ao norte de Bagdá e próximo à fronteira com o Irã).
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