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O relatório de um grupo de direitos humanos sediado nos Estado Unidos divulgou nesta sexta, dia 4, que comandantes militares iraquianos estão usando execuções e espancamentos para manter a disciplina entre seus soldados no norte do Iraque, onde as rações de alimentos estão chegando ao fim.
O Human Rights Watch disse que os soldados iraquianos que desertaram e se uniram às forças curdas no norte do país relataram a seus representantes que os militares iraquianos executaram 10 desertores no dia 26 de março e organizaram esquadrões de execução para evitar que outros abandonassem seus postos.
Os 26 soldados entrevistados nos últimos dias mencionaram salários extremamente baixos, rações diminutas de comida e maus tratos que incluem espancamentos e outros castigos que deixaram cicatrizes em alguns deles.
Vários soldados relataram que seus comandantes ordenaram que permanecessem em seus postos durante ataques aéreos norte-americanos para morrer como homens. Os soldados disseram que resolveram desertar porque as forças iraquianas haviam começado a retroceder ante a iminência de um ataque conjunto de norte-americanos e curdos avançando a partir do norte, segundo o Human Rights Watch.
O grupo disse que até 130 soldados desertaram desde o dia 2 de abril para juntar-se ao Partido Democrático do Curdistão, que governa duas das três províncias iraquianas que formam a zona curda, que tem governo independente desde 1991, na zona de exclusão aérea, estabelecida para proteger os curdos e patrulhada pelos EUA e Grã-Bretanha.
O Human Rights Watch pediu aos curdos e às forças americanas que garantam status de prisioneiros de guerra aos desertores iraquianos no norte do país, de acordo com a Convenção de Genebra de 1949. Os soldados iraquianos disseram estar sendo bem tratados por seus captores curdos, segundo o grupo.
Com informações da agência Reuters.
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