| 03/04/2003 09h05min
Os prédios de Bagdá já podem ser vistos pelos soldados das tropas das forças de coalizão, neste 15º dia de combates, quinta, dia 3. Unidades de infantaria dos Estados Unidos estão a 10 quilômetros da fronteira sul da capital iraquiana, enquanto a ofensiva anglo-britânica se prepara para lutar no Aeroporto Internacional de Saddam.
Apesar da resistência, tida por fontes militares norte-americanas como pequena, ter retardado o avanço à Capital, forças especiais dos EUA entraram durante a noite em instalações iraquianas perto de Bagdá. Dentre os locais importantes listados pelo porta-voz do Comando Central em Catar, capitão Frank Thorp, figura um palácio nos limites da principal cidade do Iraque.
– Estamos tendo a impressão de que as habilidades de comando e controle continuam a ser significativamente afetadas. Na noite passada, forças especiais na vizinhança de Bagdá conseguiram entrar em diversos locais importantes, um palácio perto de Bagdá, especificamente, onde forças especiais puderam entrar, olhar e sair – revelou Thorp.
Na contramão, oficiais de quatro divisões da Guarda Republicana de Saddam seguem em direção ao sul do país para enfrentar as tropas norte-americanas que já avançaram a linha vermelha, a faixa de maior concentração das forças que defendem o regime iraquiano. Depois da manobra, aumentou a tensão quanto ao risco de ataques com armas químicas.
Enquanto de um lado, o discurso dos EUA descreve uma resistência leve, "castigada" pelas forças dos aliados, do outro, o ministro da Informação do Iraque, Mohammed Saeed al-Sahaf, negou que Bagdá esteja ameaçada. Em entrevista coletiva, Sahaf afirmou que os norte-americanos tomarão "uma lição" e voltou a acusar a coalizão de investir contra alvos civis. Os bombardeios desta quinta, segundo o iraquiano, teriam destruído uma fábrica.
Não se tem o número exato de soldados do Iraque que marcham de encontro às tropas dos EUA. O que se especula é que os oficiais pertençam à Divisão Hammurabi, cujo movimento teria sido flagrado por aviões-espiões norte-americanos. Incendiando a guerra de palavras, travada paralelamente aos combates em solo iraquiano, o ministro Sahaf, afirmou que as tropas ocidentais estão cercadas e que a batalha continua. Após assegurar que muitos soldados adversários foram mortos, provocou:
– A coalizão caçadora está se tornando mais fácil de ser derrotada.
Com informações da agência Reuters e da Globo News.
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