O novo buscador da Microsoft, chamado Bing, foi aberto nesta segunda, em estágio beta, e já teve uma ressalva. Recursos que visam diminuir o número de cliques para acessar conteúdos tornam o acesso à pornografia na internet mais rápido, alertam especialistas em segurança.

Uma das novidades do buscador, o preview de vídeos, é apontado como um dos problemas. Ao fazer buscas por vídeos de sexo, o internauta não precisa acessar as páginas com os resultados para assistir aos conteúdos.

– Você está num site pornográfico sem sair do Bing – escreveu Loic Le Mur em seu site.

Os pais devem ser os mais preocupados com as mudanças, já que conteúdos proibidos a menores de 18 anos estão ao alcance do ponteiro do mouse, sem a necessidade do clique – basta posicionar o mouse sobre as miniaturas dos vídeos para que comecem a “tocar”.

Mesmo o filtro de preferências, com três estágios de moderação, é falho. Segundo especialistas, é preciso mais do que um menu acionado por qualquer pessoa através de cliques.

– Do ponto de vista do design, a novidade é excelente. Mas o contraponto é que você tem uma grande quantidade de pornografia facilmente – disse Donna Rice Hughes, presidente do grupo Enough Is Enough, que procura ajudar pais a protegerem os filhos da pornografia online.

Empresas especializadas no filtro de conteúdos também revisaram o Bing e encontraram o mesmo tipo de problemas.

– Com o filtro desligado, vídeos pornográficos podem ser assistidos diretamente na página – destaca Forrest Collier, CEO da InternetSafety.com.

Softwares como o SafeEyes e o CyberPatrol já se mostraram eficientes no bloqueio de conteúdos pelo Bing, informa a FOXNews.com. A ideia dos ativistas, porém, é que as empresas invistam em buscadores mais criteriosos quanto às possibilidades de impor restrições aos conteúdos exibidos nos resultados de pesquisas.

Em comunicado, a Microsoft esclarece que o Bing possui uma configuração padrão para bloquear materiais ofensivos, mas que cabia aos usuários adotar uma opção mais rigorosa, ou desligar o filtro.

Falando ao FOXNews.com, o doutor David Walsh, presidente do Instuto Nacional para Mídia e Família dos Estados Unidos, declarou que a pornografia em abundância é uma realidade atualmente, e que os pais devem estar atentos para proteger seus filhos desse tipo de conteúdo nos seus anos de formação.