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Software  | 02/04/2009 15h41min

Pesquisador diz que sucesso do Conficker permitiu sua neutralização

Especialistas consideram que malware falhou, mas ameaça ainda persiste

O malware Conficker falhou. Essa é a opinião do especialista em segurança da Symantec Alfred Huger. Vice-presidente de desenvolvimento da equipe de resposta a ameaças, ele ressaltou que, ironicamente, a neutralização da praga virtual foi possível graças ao sucesso da ameaça.

Conforme o especialista, como o malware se espalhou rapidamente e atraiu bastante atenção da imprensa e de blogueiros, deu tempo para que as empresas de segurança criassem barreiras. Sem toda a atenção recebida, ele provavelmente teria se tornado um grande problema.

- O Conficker teve a maior cobertura da mídia desde o Code Red, que derrubou vários servidores da Microsoft - lembrou.

Também da Symantec, Vincente Weafer, concordou com o colega.

- A maioria das pragas eletrônicas de hoje tentam obter algum ganho financeiro. Para isso, é preciso não se mostrar muito - afirmou, segundo a ComputerWorld.

Ameaça persiste

Segundo o pesquisador da McAfee Dave Marcus, os criadores do Conficker devem ter aprendido a lição. Agora, na opinião de Marcus, eles devem projetar um vírus que se espalhe mais silenciosamente.

Além disso, conforme especialistas ouvidos pela CNN, neste 1º de abril os criadores da praga efetivamente ganharam controle dos milhões de computadores pessoais infectados pelo Conficker em todo o mundo.

- Eles [os criadores do vírus] têm total controle no nível administrativo, para rodar o que quiserem nas máquinas infectadas - o diretor de pesquisa da empresa de segurança F-Secure Mikko Hypponen.

De acordo com o G1, o ataque da praga ainda pode ocorrer, em qualquer outra data.

- Eles vão esperar a poeira baixar. Quando todos pararem de prestar atenção, eles vão fazer um teste. Eles criaram uma grande rede de computadores infectados e vão colocá-la para funcionar - prevê o analista de segurança da Lumension Securit, Paul Henry.

Os criadores da praga ainda não foram identificados, e a Microsoft já ofereceu recompensa de US$ 250 mil para encontrar essas pessoas.

 
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