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 | 12/02/2009 13h01min

Ainda há problemas na área de crédito, afirma presidente da CNI

"Há dificuldades de financiamento, sobretudo das pequenas e médias empresas", diz Monteiro

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defendeu hoje que o Banco Central faça uma nova rodada de liberação de depósitos compulsórios (parte dos recursos captados pelos bancos junto aos clientes que são recolhidos ao BC) "para tentar irrigar mais o sistema financeiro" e ampliar o crédito a pequenas e médias empresas. Ele também cobrou a redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 12,75% ao ano.

— Acho que ainda temos problema na área de crédito. Há dificuldades de financiamento, sobretudo das pequenas e médias empresas. E acho que nossa política monetária está atrasada em relação à própria dinâmica da crise — afirmou Monteiro, que participa de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo o empresário, a reunião é para fazer um acompanhamento e avaliação das medidas que estão sendo preparadas pelo governo para enfrentar a crise. Monteiro avaliou que o processo de queda forte no nível de atividade dá sinais de ter se encerrado.

— Eu diria que a percepção é de que, depois da queda forte no quarto trimestre (de 2008), no primeiro trimestre de 2009 as notícias são de certa acomodação e de certa estabilização do nível de atividade. Essas notícias são de certo modo positivas, embora seja cedo para falar numa recuperação da atividade econômica. Nós vínhamos em queda livre até dezembro e o processo agora parece que se acomoda — afirmou.

Segundo dados oficiais do IBGE, a produção industrial caiu 12,4% em dezembro, 5,2% em novembro e 1,7% em outubro do ano passado. Ele destacou a recuperação do setor automotivo no mês passado - alta de 1,5% nas vendas e 92,7% na produção em janeiro ante dezembro - e evitou dizer, como apontaram alguns integrantes do governo, como a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que as empresas erraram a mão ao derrubar a produção em dezembro.

— O setor automotivo no mundo inteiro enfrentou queda muito forte e evidentemente empresas no Brasil são conectadas, pois são filiais de grandes montadoras. Portanto, essa percepção de queda da atividade do setor se transmite pelo mundo e é algo que vejo com naturalidade. O importante é que a indústria automotiva tem capacidade instalada para produzir muito mais, portanto retomar a produção é algo fácil — afirmou.

Monteiro Neto elogiou a atuação do governo na área tributária durante esse período de crise, mas pediu maior agilidade na liberação de créditos de impostos a que as empresas têm direito junto ao Fisco. Ele voltou a bater na tecla de que o governo precisa reduzir seus gastos de custeio para dar mais espaço à ampliação dos investimentos públicos em infraestrutura e na área social.

— A ideia é cortar gastos de má qualidade, que não são reprodutivos. Precisamos gastar melhor, o que significa investir mais — disse.

Agência Estado
 
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