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 | 26/01/2009 11h50min

Investimento externo bate recorde histórico em 2008

A mesmo tempo, país fechou o ano passado com o primeiro déficit desde 2002

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira surpreenderam e ultrapassaram todas as estimativas ao totalizar US$ 45 bilhões em 2008, número divulgado nesta segunda, dia 26, pelo Banco Central. Contra o ano anterior, quando os investidores estrangeiros trouxeram US$ 34,5 bilhões ao Brasil em investimentos no setor produtivo, o aumento foi de expressivos 30%.

O bom resultado se deve, também, ao forte ingresso de US$ 8,1 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira em dezembro, a despeito da crise financeira internacional. Com isso, o resultado do ano passado ultrapassou até mesmo a estimativa do BC, que era de US$ 40 bilhões para 2008. O mercado financeiro, por sua vez, estimava um ingresso ao redor de US$ 37 bilhões para investimentos estrangeiros no ano passado.

O recorde anterior em investimentos estrangeiros diretos, que era o ano de 2007, com US$ 34,5 bilhões, já havia sido batido no acumulado até o mês de outubro . Além dos investimentos estrangeiros recordes, que devem cair para US$ 30 bilhões em 2009, outro fator que contribui para uma relativa tranquilidade nas contas externas brasileiras é o alto volume de reservas internacionais - que ainda está ao redor de US$ 200 bilhões.

Contas externas

Ao mesmo tempo, porém, a conta de transações correntes, que engloba a balança comercial e as transações de serviços e rendas com o Exterior, considerada um dos principais indicadores do setor externo brasileiro, registrou déficit de US$ 28,3 bilhões em 2008. O déficit, porém, foi "coberto" pelo forte ingresso de investimentos estrangeiros diretos em 2008.

Além de ser o primeiro resultado negativo desde 2002 (-US$ 7,6 bilhões), foi o maior déficit desde 1998, quando somou US$ 33,4 bilhões. Em 2007, o resultado ficou positivo em US$ 1,7 bilhão. Para 2009, porém, a expectativa do Banco Central é de melhora nas contas externas, com um resultado negativo menor: de US$ 25 bilhões.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, tem relativizado a importância do crescimento do déficit em conta corrente em 2008. Segundo ele, na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), o resultado negativo, que ficou em 1,78% do PIB em 2008, está abaixo da média histórica entre 1970 e 2007, que foi de 2,1% do PIB.

Razões para o alto déficit em conta corrente

A deterioração das contas externas em 2008, de acordo com a autoridade monetária, está relacionada com a piora da balança comercial brasileira, cujo saldo teve queda 38,2% no ano passado, para US$ 24,7 bilhões.

Outro fator que contribuiu para o aumento do déficit em conta corrente foi o aumento significativo no volume de remessas de lucros e dividendos ao exterior. Com a economia aquecida, e com o dólar baixo até meados de setembro, foram enviados US$ 33,8 bilhões em remessas de lucros ao exterior em 2008, contra US$ 22,4 bilhões em 2007.

O dólar barato, que vigorava até a piora da crise financeira, em meados de setembro, também contribuiu para a saída de recursos do Brasil por causa do aumento das viagens de brasileiros ao exterior, e consequentemente dos seus gastos. Em 2008, os gastos de turistas no exterior somou US$ 10,9 bilhões, contra US$ 8,2 bilhões no ano anterior.

Conta de capital

No caso da conta de capital e financeira, pela qual transitam os investimentos estrangeiros diretos e os investimentos em carteira de estrangeiros (ações e renda fixa, entre outros), o BC informou que foi registrado um superávit de US$ 32,9 bilhões em 2008. Em 2007, o resultado havia ficado positivo em maior proporção: US$ 89 bilhões.

Com isso, o balanço de pagamentos brasileiro, que engloba todas as transações do Brasil com o exterior, teve superávit de US$ 2,96 bilhões no ano passado, contra um resultado positivo de US$ 87,4 bilhões em 2007.

As informações são do site G1.

 
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