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 | 25/01/2009 12h28min

Inadimplência das empresas tem alta recorde e cresce 36% em dezembro

Variação se deve à restrição ao crédito e retração da atividade econômica

Apenas no mês de dezembro, o aumento nas dívidas em atraso das pessoas jurídicas foi de 36,1% em relação a dezembro de 2007, o maior desde 1999, quando o indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Jurídica foi criado. A taxa encerrou 2008 com alta de 4,8%, apesar de até outubro passado o índice de inadimplência das pessoas jurídicas ter registrado queda de 0,3% no acumulado do ano. As informações são da Folha de S. Paulo.

Segundo Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian, a explicação para a alta recorde da inadimplência é a restrição ao crédito somada a retração da atividade econômica. Juros altos, maior seletividade na concessão de crédito e prazos de financiamento menores provocam queda na demanda do consumidor.

Na noite de sexta-feira, o Banco do Brasil havia anunciado que fez provisão extra de R$ 1,7 bilhão para cobrir eventuais prejuízos com calotes em operações de crédito. A instituição explica que a decisão foi tomada "diante da atual conjuntura econômica" e que a ação reforça a prudência e o conservadorismo do banco. O BB nega que a provisão tenha sido necessária para cobrir eventual onda de inadimplência gerada pela crise financeira. A medida mostra, no entanto, que o banco trabalha com um cenário pior para o crédito no futuro.

O valor adicional destinado à cobertura de possíveis calotes é mais do que foi provisionado em todo o terceiro trimestre de 2008 (R$ 1,3 bilhão) e corresponde a 36% do valor reservado durante os nove primeiros meses do ano passado (R$ 4,7 bilhões). Em comunicado, a direção do banco admitiu que o cenário econômico fez a instituição revisar os "modelos estatísticos de perda esperada de crédito". Esse quadro poderia, eventualmente, impactar o resultado da instituição.

O BB classifica a decisão como uma "ação preventiva" porque a provisão é superior à exigida pelo Banco Central. O banco federal nega que a medida tenha relação com uma eventual deterioração da qualidade da sua carteira de crédito. Segundo a assessoria de imprensa do BB, "dados do terceiro trimestre mostram o contrário", com inadimplência mais baixa que a média. Com informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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