| 17/01/2009 22h25min
Começou às 22h deste sábado (horário de Brasília) o cessar-fogo unilateral de Israel na Faixa de Gaza. O governo israelense havia anunciado no início da noite a decisão de suspender os bombardeios no território palestino. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Segurança do país e anunciada pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Com um saldo superior a mil mortos, a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza durou três semanas. Israel ainda pretende manter as tropas no território palestino e o bloqueio de passagens fronteiriças. A expectativa é grande em torno de um novo pronunciamento do movimento muçulmano Hamas, que antes do anúncio oficial do cessar-fogo já rejeitava a decisão de Israel. O grupo palestino já havia declarado que manteria os combates enquantou houvesse um único soldado israelense no território palestino.
Olmert informou que, na decisão de interromper os bombardeios, o Hamas não foi levado em conta, pois "como outras organizações terroristas
reconhecidas
internacionalmente, não deve fazer parte do acordo". O primeiro-ministro israelense acrescentou que os objetivos de seu governo na operação em Gaza "foram cumpridos" e que "o Hamas sofreu um duro golpe, muitos de seus homens morreram, os disparos de foguetes caíram e diversos túneis usados para o contrabando de armas foram destruídos".
Olmert ressaltou que o país deu uma demonstração de força no conflito e não descartou, de todo, revidar ataques.
— O Hamas não acreditava que Israel iria conduzir uma operação tão forte e bem organizada próximo às eleições. Se continuarem a nos atacar, mais uma vez serão surpreendidos pela determinação de Israel. Eu não sugiro que outras organizações terroristas nos testem — ameaçou Olmert.
A decisão do gabinete israelense não foi unânime. Teria havido pelo menos dois votos contrários e uma abstenção. O Conselho de Segurança é composto pelos ministros, os altos comandantes do Exército e os chefes de organismos de
segurança. Para o domingo está
programada uma reunião de emergência no Egito.
Confira a linha do tempo do conflito
na Faixa de Gaza e vídeos com análises:
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