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 | 04/01/2009 09h10min

Plano Florestal sugere cluster de silvicultura para a região leste de MS

Até 2030 Mato Grosso do Sul espera ter um milhão de hectares plantados

Desenvolver um cluster florestal na região leste de Mato Grosso do Sul, identificada como a mais propícia por estar próxima a água, ter mão-de-obra especializada e estar localizada junto as fronteira de outros Estados, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Essa foi a proposta apresentada pelo relatório que embasa o Plano Estadual para Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas, apresentado em 16 de dezembro, em Campo Grande, validada por secretários do governo, representantes de empresas públicas e privadas, empresários e produtores rurais.

– O Estado tem potencial para se desenvolver muito no setor florestal, que mesmo com a crise mundial pode se destacar. Se a atividade for bem direcionada, em 2030, Mato Grosso do Sul terá um milhão de hectares plantados, representando um aumento de 36% no PIB e gerando postos de trabalho – prevê o presidente da Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores (Reflore/MS), Luiz Calvo Ramires Junior.

Mesmo se esse patamar for alcançado apenas 1,8% das terras do Estado serão ocupadas. Antevendo esse crescimento, o relatório ainda sugere que o plano de ação proposto tenha como gestor o governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur).

– O plano é fundamental para avaliar o segmento e a vocação das regiões. Também ajuda a criar mecanismos para que o pequeno empreendedor participe e demonstra a organização do Estado para o investidor, que conseguirá visualizar melhor a atividade – acredita a Secretária estadual da Produção e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa.

Outra proposta é a criação do Instituto Estadual Florestal. Segundo os estudos, se o planejamento for cumprido, em 2030, esta atividade poderá arrecadar R$ 2,4 bilhões em impostos.

– Este momento de crise pode ser o melhor para investir em florestas, já que os custos de produção, valor da terra, das mudas e adubo, estão reduzidos. É uma atividade com um ciclo que gira em torno dos seis anos em média, ou seja, quando o produtor tiver pronto para comercialização, espera-se maiores rendimentos – comenta o gerente de agronegócios do Sebrae/MS, Carlos Alberto do Valle.

Mais um ponto favorável é que os principais materiais derivados, a celulose e o minério de ferro, não devem perder espaço no comércio mundial. Do maciço florestal retirado das florestas plantadas, apenas 12% é processado, mas o produtor pode ter um rendimento de 100%, se utilizar os resíduos para fonte energética ou produção de chapas, aglomerados e compensados.

Os participantes do workshop ainda querem fazer algumas sugestões. Nesse sentido, todos levaram uma cópia do documento para análise e um novo encontro está agendado para o dia seis de janeiro, às nove horas, no Sebrae/MS, visando a conclusão do texto final.

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