Mercado | 12/10/2008 12h10min
A popularização da computação pessoal tem levado grifes da informática a aproximar-se do grande público em redes varejistas. As vantagens: ter acesso a um nicho de consumidores crescente oferecendo máquinas avançadas com o parcelamento de eletrodomésticos.
Desde o ano passado, a Dell, conhecida por vender seus PCs diretamente ao consumidor, fechou acordo com a rede Wal-Mart para colocar desktops e notebooks nas prateleiras dos supermercados.
– O motivo é uma expansão de oferta para outros canais. Entende-se que vendendo o PC através da rede varejista se oferece uma forma adicional do cliente interagir com o produto – explica Odmar Almeida, diretor de marketing para o consumidor final da Dell no Brasil.
Algumas características da venda nas lojas podem ajudar o consumidor a avaliar o computador, desde a interação com a máquina até uma conversa com o atendente frente a frente. O resultado: os clientes têm mais fontes de informação e opções de compra.
– O público faz de tudo. Vai no site e depois vai na loja, olha a máquina e compra. E tem quem faça o contrário.
Além da Wal-Mart, a Dell tem parceria com outras redes, como Ponto Frio e Colombo, e a estratégia vai ser expandida.
Quem compra uma Dell no varejo perde algumas vantagens, como a customização, que se limita aos modelos oferecidos pela loja. As garantias da Dell, no entanto, permanecem. Além disso, as redes tem um atrativo maior: o crediário e os cartões com crédito oferecidos pela própria rede varejista.
– Nós compramos em 12 vezes sem entrada – conta Mara Santana, que adquiriu um desktop da marca no ano passado, em Porto Alegre, numa rede varejista. Foi a primeira vez em que um computador de um grande fabricante foi adquirido pela família.
Outra grife da informática que aproxima-se do varejo é a Apple. Em grandes redes, os Macs e iPods podem ser comprados até 12 vezes no cartão. Junto às revendas menores, as condições vão de três vezes em um mês e meio ou financiamento bancário. Tais facilidades do parcelamento evitaram que a publicitária Cristina Espinoza mexe-se nas economias para adquirir um Mac.
– Eu compraria de qualquer jeito, mas eu não queria mexer no meu dinheiro por isso – esclareceu.
Ela comprou um iMac há quatro meses, com o máximo possível de parcelas.
Segundo o site da Apple, seis redes comercializam a linha no Brasil, nem sempre sob as mesmas condições.
A lista de multinacionais nas lojas também conta com outros nomes, como HP, LG e Sony. E não só as marcas internacionais que ocupam as prateleiras e vitrines do varejo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), 42% das vendas do setor no Brasil vieram do varejo no segundo trimestre de 2008.
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