| 30/08/2008 17h57min
O efeito do permanente aumento do petróleo e dos preços dos alimentos nos países da América Latina poderia ser reduzido com a aplicação de medidas administrativas e instrumentos de política fiscal. A afirmação é da Comissão para a América Latina e o Caribe (Cepal) em relatório divulgado neste sábado em Santiago.
"A aplicação de medidas administrativas e instrumentos de política fiscal permitiria atenuar em parte os efeitos" da alta dos alimentos, assinalou o organismo regional das Nações Unidas em seu relatório "Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2007-2008".
A Cepal informou que os programas focados são mais eficientes a longo prazo, pois têm um menor custo fiscal e evitam o sacrifício de outras iniciativas públicas de alta prioridade, mas adverte de que são mais difíceis de implementar a curto prazo. Nesse sentido, o organismo regional destacou as medidas administrativas implementadas por alguns países da
América Latina e do Caribe para
atenuar a alta dos alimentos.
O órgão ressaltou ainda a implantação de cotas ou limites quantitativos às exportações, recentemente aplicada à carne bovina e aos cereais na Argentina e na Bolívia. Além disso, nomeou os acordos e controles de preços em determinados mercados de alimentos e os esquemas de liberalização que incluem uma redução ou eliminação das restrições de importações e barreiras não tarifárias, aplicadas no México por causa do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).
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