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 | 23/07/2008 15h25min

Secretário da Contag diz que acordo na OMC pode prejudicar agricultura familiar no Brasil

Conforme Alberto Broch, fim de subsídios agrícolas seria negativo para famílias que vivem do campo

O secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, disse nesta quarta-feira, dia 23, que muitas famílias que vivem de suas atividades no campo podem ser prejudicadas caso se feche, em Genebra, Suíça, um acordo para o fim dos subsídios aos produtos agrícolas, como defende o governo brasileiro.

Para Broch, é necessário que se trabalhe a agricultura familiar, que precisa ter um tratamento especial, não podendo ficar à mercê do livre comércio, necessitando ter mecanismos de salvaguarda para que, em determinados momentos, não seja pega de surpresa com produtos externos.

Broch tem dúvidas, entretanto, sobre o sucesso das reuniões que a Organização Mundial do Comércio (OMC) está realizando esta semana, em sua sede, em Genebra, com objetivo de destravar o comércio global.

– Nós estamos vigilantes, fazendo pressão, no sentido de que esse acordo, caso se realize, o que nós temos dúvidas, possa ser realizado no sentido de se inserir setores da sociedade, no caso, a agricultura familiar – disse.

O secretário da Contag acredita que corre-se o risco de prejudicar programas de reforma agrária e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que necessitam de políticas públicas e, inclusive, subsídios. Um outro risco, segundo Broch, seria a invasão de produtos de outros países em determinados momentos de crise na economia nacional, o que causaria danos a determinados setores da agricultura brasileira.

O secretário ressaltou que o país possui mais de quatro milhões de propriedades familiares, que participam com grande parte da produção dos alimentos básicos consumidos pela população, como é o exemplo de 65% do feijão, 35% do arroz, 37% da soja e 80% da mandioca produzidos no país.

De acordo com informações da BBC Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que está em Genebra, disse que, depois de um início "em câmera lenta", as negociações sobre a Rodada Doha de liberalização do comércio mundial começam a "acelerar-se" nesta quarta-feira.

AGÊNCIA BRASIL
 
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