| 26/06/2008 20h07min
Delegações de 24 países discutiram nesta quinta-feira os desafios da pecuária de corte em seminário na sede da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Este é o primeiro evento aberto à imprensa depois da denúncia da revista Veja de que a instituição teria financiado a campanha eleitoral da senadora Kátia Abreu(DEM-TO).
O clima na CNA é de apreensão. Os dirigentes só vão se manifestar sobre o assunto depois que for divulgado o resultado da perícia que está sendo feita nos computadores da CNA. Por enquanto os funcionários estão retomando o trabalho.
Na recepção do evento, computadores deram espaço para o papel e a caneta. O cadastro dos participantes foi manual. Em um dos três andares da sede da CNA, representantes de 24 países países discutiram durante todo o dia a realidade do mercado internacional da carne. O evento ocorreu justamente durante a primeira semana em que o sistema de informática da entidade ficou desligado. Peritos começaram a inspecionar os computadores a partir da denúncia da senadora, que é uma das diretoras da CNA. Ela alega que o seu computador teria sido violado.
– Foi aberta uma investigação pela polícia e pela Price, que foi contratada especificamente para apurar o que houve. Nós não temos ainda nenhum resposta – disse o presidente da Federação da Agricultura no Estado do Acre, Assuero Veronez.
A diretoria ainda não quer falar sobre o assunto. Nos bastidores o comentário é que esse é só o começo de uma disputa acirrada pela presidência da confederação.
Negócios
O coordenador do evento internacional realizado na CNA, Claus Deblitz, afirmou que o mercado internacional precisa da carne brasileira. Ele acredita que em curto prazo países da Europa e a China vão abrir seus mercados, mas ressaltou que o mundo está de olho na rastreabilidade bovina e nas doenças como a febre aftosa.
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