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 | 18/06/2008 11h09min

Raça bovina wagyu é destaque na Feicorte em ano de centenário japonês

Animal originário do Japão produz hoje a carne mais nobre do mundo

Manuela Bezerra  |  reportagem@canalrural.com.br

No ano em que é comemorado o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, a raça bovina wagyu é considerada um presente para a pecuária brasileira. A raça, que produz a carne mais nobre do mundo é destaque na 14° edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), que ocorre em São Paulo. O evento é o único do país a receber exemplares wagyu, que chegou ao país há 15 anos e há apenas um foi descoberto pelos consumidores.

O porte é pequeno ou médio, a ossatura leve, os cascos resistentes e o pêlo preto ou vermelho. A raça se adapta bem à criação em confinamento, possui ótima produção de leite e sua carne é reconhecida mundialmente pelo sabor e suculência.

Impressionado com tantas qualidades o criador José Geraldo Galvão resolveu investir. Na Feicorte do ano passado comprou três embriões, e agora os bezerros irão participar das provas de julgamento. Para conseguir um bom resultado nas pistas, o gado recebe tratamento especial.
 
– Para ter uma carne macia a gente faz massagem, dá cerveja, dá saquê – conta Galvão.
 
Com tantos mimos não poderia ser diferente: além de ser a mais nobre, a carne do wagyu é também a mais cara do mundo. No Japão, o preço médio do quilo custa o equivalente a R$ 1 mil. No Brasil, o produto é hoje a vedete dos restaurantes de alta gastronomia. O prato chega a custar R$ 200.
 
– Muitos clientes comiam a carne no Japão e perguntavam quando íamos começar a servir. Começamos vendendo 100 quilos por mês e hoje vendemos 500 quilos – comemora o empresário Belarmino Iglesias Filho.
 
Quem já teve a oportunidade de experimentar, garante que a carne tem um sabor especial.

– Paguei num contra-filé um bife de 100 a 200 gramas, US$ 20. O sabor é maravilhoso – garante o criador Maurício Inoue.

São as finas camadas de gordura entre as fibras da carne que fazem a diferença. Elas definem a maciez e a suculência do produto. Para a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, a entrada da carne japonesa no mercado brasileiro contribui para melhoria da carne nacional.
 
– É uma forma de contribuir para a melhoria da carne brasileira. Vende o boi gordo dessa raça por cinco vezes a mais do que o gado normal – diz o superintendente de registro da associação, Rogério Satoru Uenishi.

CANAL RURAL
Débora Bresciani, Canal Rural  / 

O wagyu já é criado em São Paulo há mais de duas décadas. A foto mostra os dois primeiros exemplares puros de origem nascidos no Rio Grande do Sul no início de maio
Foto:  Débora Bresciani, Canal Rural


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