| 29/05/2008 10h43min
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, em inglês) indicou nessa quarta-feira, dia 28, que a alta no preço dos alimentos está impulsionando países exportadores e importadores a adotar medidas de curto prazo "que podem aumentar a instabilidade nos mercados mundiais".
A declaração foi feita através de um documento elaborado para a Conferência de alto nível sobre segurança alimentar, que será realizada entre os próximos dias 3 e 5 de junho, em Roma.
O relatório da FAO, intitulado "Aumento dos preços alimentícios: fatos, perspectivas, impactos e medidas necessárias" afirma que o encarecimento da comida pode ser "devastador" para grande parte das 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome.
O relatório diz que a crise "está impulsionando os governos dos países, tanto exportadores como importadores, a adotar respostas normativas de curto prazo que podem aumentar a instabilidade nos mercados mundiais".
As restrições à exportação "também aumentam a instabilidade dos preços nos mercados mundiais", especialmente quando se aplicam medidas específicas de forma não coordenada.
O texto indica que também "pode ser necessário" voltar a examinar as subvenções e a proteção tarifária para a produção de biocombustíveis uma vez observados "seus efeitos sobre a segurança alimentar".
Muitos países enfrentam o duplo desafio com o encarecimento do petróleo e dos alimentos, "uma ameaça para sua estabilidade macroeconômica e seu crescimento geral".
A FAO considera que a comunidade internacional "deveria tomar medidas urgentes e concretas" para abordar a fome e a desnutrição perante a alta de preços alimentícios, a escassez de água e de terras, a mudança climática, o aumento das necessidades energéticas e o crescimento da população.
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