| 22/05/2008 17h49min
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ratificou nesta quinta-feira em Quito, no Equador, que não pretende aumentar sua produção e culpou a especulação financeira pela escalada dos preços da commodity no mercado internacional.
O secretário-geral da Opep, o líbio Abdallah Salem el-Badri, disse em coletiva de imprensa durante sua visita oficial ao Equador que o preço que o petróleo atingiu não tem qualquer relação com a demanda ou a oferta.
Entre os países-membros da Opep, "nenhum apóia preços exageradamente altos ou excessivamente baixos, mas que se chegue a um meio-termo, que venha a beneficiar produtores e consumidores de forma justa", acrescentou Badri.
O preço "não tem nada a ver com assuntos fundamentais, mas com a especulação, embora também um dos principais fatores seja o enfraquecimento do dólar", avaliou.
Segundo dados da Opep, a demanda mundial de petróleo chega a 87 milhões de barris por dia,
enquanto a oferta no mercado supera esse número em
1,5 milhão, o que indica uma situação cômoda, que não torna muito urgente uma revisão da produção.
Por essas considerações, Badri afirmou que a Opep não deve realizar outra reunião além da programada para setembro, apesar de governos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, terem solicitado que o cartel se reúna antes para analisar um possível aumento da produção, com o objetivo de baixar os preços.
Petróleo
O preço do barril do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou hoje em queda de 1,8% na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), depois de ter batido novo recorde (US$ 135,09) ao longo do pregão.
Enquanto isso, o barril do Brent, de referência na Europa, fechou em baixa de US$ 2,19, para US$ 130,51, no International Exchange Futures (ICE) de Londres.
Conferência de Mercados e Preços do Petróleo está sendo realizada em Quito, no Equador
Foto:
Jose Jacome, EFE
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