| 12/05/2008 21h01min
Convidado pela CPI do Detran para esclarecer suas relações com investigados pelo escândalo milionário na autarquia, o deputado federal José Otávio Germano (PP) disse que desconhece as irregularidades. Ouvido na condição de testemunha, José Otávio elogiou deputados da oposição e se exaltou com algumas colocações dos parlamentares. Em resposta ao relator sobre se tinha conhecimento sobre o suposto recebimento de propina por subordinados, o deputado afirmou:
— Eu não tive benefícios. Não posso garantir em relação a outros. Só posso garantir por mim e pelo governador Rigotto.
O depoimento do parlamentar foi o mais longo colhido pela CPI: iniciado por volta das 13h20min desta segunda-feira, prosseguiu por mais de sete horas. José Otávio negou conhecer a fraude no Detran e se comparou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
— É como querer que o presidente Lula tenha conhecimento daquilo que acontecia em algumas situações que não têm nada a ver. Eu não
estou sendo acusado — destacou o
ex-secretário da Justiça e da Segurança, sob cuja responsabilidade se encontrava o Detran em 2003, marco inicial da investigação da fraude.
No final da tarde, o deputado Elvino Bohn Gass (PT) referiu-se à declaração de Antônio Dorneu Maciel, ex-diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e também indiciado pela Rodin, sobre pessoas do PP que o visitavam no mesmo endereço em que, segundo a PF, teria sido entregue propina do esquema. José Otávio confirmou que integrantes do PP se encontravam no flat de Maciel.
— Nem sei de que grupo eu sou, deputado, nosso partido é um pouco diferente. Eram pessoas do partido que se reuniam lá — respondeu.
Leia a reportagem completa em ZH desta
terça-feira.
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