| 16/04/2008 19h51min
O Banco Central anunciou nesta quarta-feira o aumento da Selic, taxa básica usada em operações de curto prazo entre os bancos. O índice referencial passou de 11,25% ao ano para 11,75% ao ano. A elevação foi superior ao esperado pelo mercado.
Em nota oficial, o BC afirmou que a nova taxa terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito.
Foi a primeira vez desde maio de 2005, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar os juros básicos da economia brasileira.
A maioria das instituições financeiras esperava uma atitude menos agressiva do BC, com elevação de 0,25 ponto no juro, para 11,50% ao ano. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, viu com perplexidade a elevação na taxa.
— A alta dos juros não se justifica, porque a trajetória atual da inflação permanece dentro da meta estabelecida, não havendo sinais de alastramento da pressão
inflacionária — afirmou Monteiro Neto.
No
último aumento antes deste, em maio de 2005, o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto, para 19,75% ao ano. A partir de setembro de 2005, a taxa caiu em todas as reuniões, até estacionar em 11,25% em setembro do ano passado. Foram então quatro reuniões seguidas de estabilidade na taxa, até o aumento anunciado hoje.
A decisão do BC reflete a piora recente da inflação no País. No último dia 9, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 4,73% no período de 12 meses até março, acima do centro da meta de inflação.
O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2008 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Confira como ficam as transações bancárias com a nova taxa
de juros
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