| 07/04/2008 18h27min
A partir dos 35 anos, estamos sujeitas a alterações de humor, desânimo, depressão, perda na concentração e irregularidades menstruais. É o início do período do climatério, a transição entre a fase fértil e a não-fértil da vida da mulher.
Esses sintomas podem estender-se até os 65 ou 70 anos. E o que geralmente ocorre entre os 35 e os 65 anos de uma mulher? O ápice da vida profissional. É quando estudos, experiência, aprendizados e promoções somam-se, resultando em melhores cargos e salários, mas também mais responsabilidade e pressão. Mas, devido ao climatério, o rendimento destas mulheres pode cair drasticamente. Nesse período, intensificam-se ainda os cuidados com filhos e os pais, a libido geralmente diminui, o corpo começa a perder a força e a flexibilidade.
Em pesquisa desenvolvida pelo ginecologista e obstetra Sérgio Rocha com mil e quinhentas porto-alegrenses de mais de 35 anos, constatou-se que 70% delas sentem-se prejudicadas pelos sintomas do
climatério na vida profissional.
– É nesse período que elas começam a sentir os efeitos negativos do climatério: passam a ter um sentimento de menos valia por conta da infertilidade, do envelhecimento, dos efeitos do tempo sobre a massa corporal, o que prejudica a produtividade – destaca o médico.
Na realidade, o climatério em si não produz esse sintomas. Ele apenas acentua as características do comportamento de cada mulher. Por exemplo, se ela costuma ficar irritada, na fase de transição para o período infértil essa irritação será maior. Caso tenha tendência à depressão, terá períodos maiores de tristeza. É mais ou menos como acontece todo o mês durante a TPM.
Mas, antes de sair correndo para pedir ao seu médico que inicie a reposição hormonal, saiba que outro estudo conduzido pelo dr. Rocha demonstrou que a compreensão das alterações que ocorrem no corpo e a mudança de atitude ante os desafios cotidianos mostraram-se muito eficientes. Através de grupos de aconselhamento a servidoras
municipais de Porto Alegre, foi
possível reduzir em 38% o número de faltas ao trabalho por motivos de saúde.
– É importante que neste período as mulheres fiquem em grupos e conversem, para ver que este não é um problema só delas – enfatiza psicóloga Elizabeth Mendes Ribeiro da Rocha, que integrou os projetos de pesquisa.
>> Ouça o depoimento de Tânia Malmaceda, que superou os sintomas do climatério
Medicina oferece opções para evitar que o climatério interfira na vida profissional
Foto:
Divulgação
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