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 | 12/03/2008 16h38min

MS reforça controle sanitário na fronteira com o Paraguai e Bolívia

Nova frota de veículos foi adquirida para fazer o patrulhamento na região

Luiz Patroni  |  reportagem@canalrural.com.br

O Mato Grosso do Sul adquiriu uma nova frota de veículos para reforçar a vigilância sanitária para ampliar o controle do trânsito animal e a segurança sanitária na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Os 11 municípios de Mato Grosso do Sul, que fazem parte da Zona de Alta Vigilância Sanitária (ZAV), receberão 40 caminhonetes compradas com recursos dos governos federal e estadual, equipadas para o combate ao trânsito ilegal de animais. Um caminhão e duas lanchas também fazem parte do investimento, e cobrirão a região dos rios Paraguai e Paraná.

– Com a nova frota, estamos dando mais um passo importante rumo ao controle total na Zona de Alta Vigilância Sanitária – afirmou o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.

Implantada oficialmente em janeiro, a Zona de Alta Vigilância Sanitária é uma exigência da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), para que o Estado volte a ser reconhecido como área livre de febre aftosa com vacinação. São 15 quilômetros, a partir da fronteira com o Paraguai, abrangendo os territórios dos municípios de Antônio João, Japorã e Mundo Novo, e parte da área de Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas. As regras para a movimentação de gado, a identificação dos animais e o calendário das campanhas de vacinação contra a doença neste local são diferenciados, e atingem 4,790 mil propriedades rurais, com o rebanho de aproximadamente 760 mil cabeças.

– Quanto à Zona de Alta Vigilância Sanitária, a implantação está muito boa, e vamos conseguir obter sucesso com estas medidas – disse o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro), Roberto Bacha.

Antes criticada pelos pecuaristas, agora a medida tem o apoio integral da classe produtora, que aposta na solução definitiva de um problema que começou em outubro de 2005, quando foram registrados casos de febre aftosa em Eldorado, Mundo Novo e Japorã.

– Os prejuízos foram muitos – disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Ademar Silva Júnior.

Em uma época em que as exigências e as restrições impostas por mercados como o da União Européia são cada vez mais rigorosas, o esforço de Mato Grosso do Sul para erradicar de uma vez por todas qualquer risco do surgimento de novos casos da doença tem um objetivo: incluir novamente a carne produzida no Estado na mesa dos principais mercados compradores do produto.

– Aguardamos a retomada das exportações, com expectativa que, ainda no primeiro semestre, o Estado recupere o status de área livre da doença com vacinação, e logo após isso o Estado irá apresentar as propriedades que cumprem as exigências de União Européia, para tentar incluí-las na lista das que exportam carne para aquele bloco de países – afirmou a secretária de Produção de MS, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.

A estimativa é que as perdas diretas e indiretas causadas pelos reflexos da doença passem de R$ 1 bilhão no Estado. Em todo o país podem chegar a US$ 2 bilhões. Até hoje, cerca de 50 países mantêm as portas fechadas para a carne bovina sul-mato-grossense.

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