| 04/03/2008 10h22min
Fenômeno que intrigou moradores e turistas da Grande Florianópolis no domingo, a tromba-d'água é menos rara do que se imagina. E pode se repetir com freqüência na época de troca de estações de ano e transições meteorológicas, avisam os meteorologistas.
As variações constantes de temperatura, comuns no fim do verão e início de outono, favorecem a formação de novas trombas-d'água nas águas do sul do país, como ocorreu no entardecer de anteontem. O fenômeno provocou um misto de susto e admiração na capital catarinense.
— Vi o céu coberto de nuvens negras enormes que pareciam muito baixas. O tornado descia e tocava a água. Dava para ver o vento girando e a água do mar levantando embaixo dele, como se fosse uma ducha invertida — descreve a artista plástica Raquel Culau, que correu para registrar o espetáculo com sua câmera fotográfica.
Outro que fotografou o fenômeno foi o engenheiro químico aposentado Celso Francisco
Schultz.
— Foi assustador, mas
belo — disse Schultz.
O fenômeno é comum em regiões tropicais, como a costa do Estado da Flórida (EUA), onde se repete até 400 vezes no ano. No Brasil, não é tão usual, mas acontece.
— Muitas vezes, ela apenas não é filmada. A maior parte da água da tromba é aspirada do mar, o que já resultou em relatos de "chuva de peixes" sugados pelo vórtice (redemoinho) — relata o meteorologista Fernando Nunes, da Central de Meteorologia da RBS.
As trombas-dágua parecem ser mais freqüentes nas regiões costeiras do que nas áreas oceânicas, concentrando-se numa faixa que se estende para o mar até 100 quilômetros da costa. A resposta estaria no choque de temperaturas e pressões, maior nas proximidades do continente.
Fenômeno foi de Governador Celso Ramos até a Praia de Canasvieiras
Foto:
Jorge Sberna
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Arquivo Pessoal
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