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 | 06/11/2007 05h47min

PetroChina torna-se a maior empresa do mundo

Estatal petrolífera faz oferta pública de ações e o seu preço de mercado chega a US$ 1,08 trilhão

A PetroChina tornou-se nessa segunda-feira, dia 5, a primeira companhia no mundo a valer mais de US$ 1 trilhão, ultrapassando a norte-americana Exxon Mobil, ao quase triplicar o valor de suas ações no lançamento na bolsa de valores de Xangai.

Dessa maneira, a PetroChina é considerada a maior empresa no planeta a preço de mercado – chegou a US$ 1,08 trilhão e equivale ao valor de cinco Petrobras. A Exxon Mobil vale cerca de US$ 490 bilhões.

O preço de mercado de uma empresa é o valor de todas as ações da companhia multiplicadas pela cotação do dia. Apesar de ser uma companhia de capital aberto, a PetroChina ainda é uma estatal, pois o governo chinês, comunista, detém aproximadamente 86% de suas ações.

Também negociada em Nova York e em Hong Kong, a empresa fez nessa segunda-feira uma oferta pública inicial de papéis em Xangai, colocando à disposição dos investidores 4 bilhões de ações, equivalente a 2,18% do capital público da companhia. Virou a maior operação desse tipo no planeta neste ano e arrecadou cerca de US$ 9 bilhões, dinheiro que será usado para financiar cinco projetos domésticos para a exploração de petróleo e a produção de eteno, matéria-prima básica para a indústria de plástico.

Os papéis da PetroChina fecharam o dia a 43,96 yuans (US$ 5,87), 163% acima do valor do preço da oferta pública inicial e muito além dos 35 yuans (US$ 4,69) previstos por analistas. De um lado, essa expressiva valorização traduz a ascensão chinesa no mundo. Especialistas avaliam que o resultado ressalta a confiança na economia do maior país asiático e o potencial da companhia como grande produtora de gás e petróleo.

Por outro lado, a disparada da cotação se dá em meio a uma alta generalizada nos mercado de capitais da China. A Bolsa de Xangai praticamente dobrou de valor no acumulado desde janeiro. Especialistas apontam a criação de uma bolha especulativa no mercado local motivada pelo excesso de crédito disponível no mundo e pela falta de opções aos pequenos investidores chineses, que são proibidos de aplicar seu dinheiro no Exterior.

Um sinal desse preço sobrevalorizado é o fato de a PetroChina não estar entre as 10 empresas mais rentáveis do mundo. A Exxon obteve ganho de US$ 19,5 bilhões no primeiro semestre. A companhia chinesa conseguiu apenas US$ 10,9 bilhões.

Apesar do sucesso da PetroChina, a bolsa de Xangai recuou 2,48%. Preocupado com a formação de bolha, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao afirmou no fim de semana que pretende esfriar o aquecido mercado.

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