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Instalação de CPI divide bancadas no Congresso

MP promete abrir novo processo contra Ricardo Sérgio

A suposta tentativa de cobrança de propina no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce divide o Congresso sobre abertura de uma CPI. Líderes de oposição cobram uma investigação parlamentar mais profunda, mas o PFL poderá emperrar a instalação da comissão. Até o momento o partido não demonstrou disposição em assinar o pedido de CPI.

O líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha, pretende iniciar o recolhimento das assinaturas amanhã, mas já admite que pode não haver vontade política dos congressistas. Mesmo assim, João Paulo vai negociar com o PFL, PPB e com setores do PMDB.

– Não vamos insistir em uma coisa inviável. Se não houver clima não vamos nem apresentar o pedido – avisou o líder petista.

Nas bancadas de oposição ainda há divergências sobre o alvo da CPI. Não sabem se investigam somente o ex-diretor Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira ou também o PSDB e o candidato a presidente do partido, José Serra. Dirigentes do PT querem focar o trabalho na ação de Ricardo Sérgio e dos fundos de pensão estatais na privatização da Vale.

O líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira, avalia que as denúncias são mais amplas e atingem o PSDB e o presidente Fernando Henrique Cardoso. Para Miro, a tentativa de cobrança de propina lembra a briga familiar que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor. A CPI será pauta do colégio de vice-líderes do PFL e na executiva nacional no PSDB, na quinta-feira. Líderes do PFL afirmam que o partido deverá agir com cautela. Apesar das dúvidas, o PFL acredita que as denúncias vão derrubar a candidatura de Serra e já recomenda substitutos: o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati ou o presidente da Câmara, Aécio Neves.

O Ministério Público vai investigar a suposta propina cobrada por Ricardo Sérgio na privatização da Companhia Vale do Rio Doce. O procurador da República Luiz Francisco de Souza vai requisitar documentos dos Fundos de Pensão que operaram na formação do consórcio que arrematou a estatal no leilão de 1997. Além disso, Luiz Francisco pretende colher depoimentos das pessoas envolvidas.

Segundo o procurador, o MP não se surpreendeu com a reportagem da revista Veja. Luiz Francisco disse que Ricardo Sérgio já responde a outros processos e que os dados da denúncia só complementam as informações que o MP tinha desde 2001:

– O quadro vai se consolidando a cada dia, com indícios de crescimento patrimonial em total descompasso com a renda de uma pessoa, ligação com empresas nas Ilhas Virgens e negócios imobiliários. Talvez dentro de 30 ou 40 dias já tenhamos um processo contra Ricardo Sérgio.

A Corregedoria Geral da República vai acompanhar o trabalho do Ministério Público. A corregedora, Anadyr de Mendonça Rodrigues, explicará hoje como será a sua atuação no caso.

 
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