Emergência em SC | 16/12/2008 07h39min
A chuva que cai desde a tarde de segunda-feira em parte de Santa Catarina provoca deslizamentos e alagamentos em municípios da Grande Florianópolis, Norte e Litoral. Como ainda chove forte na manhã desta terça-feira, a Defesa Civil permanece em alerta.
A situação é mais grave em Palhoça, na Grande Florianópolis, onde um deslizamento de terra atingiu apartamentos do primeiro e segundo andares do condomínio Nova Cidade, no bairro Passa Vinte. O incidente ocorreu por volta das 19h30min.
Aproximadamente 120 pessoas de 32 apartamentos tiveram que deixar suas casas. Ninguém ficou ferido. Moradores de outros blocos resolveram sair seus apartamentos com medo de um novo desmoronamento. A Defesa Civil Estadual orientou os moradores a ficarem no salão de festas do condomínio e em casas de parentes e amigos.
Na Rua Rodeio, no bairro Bela Vista, uma casa desmoronou. Ninguém ficou ferido. Há risco de deslizamentos de terra atingirem outras seis
residências na mesma rua e na Rua Doutor Pedrinho,
também no Bela Vista. A Defesa Civil do município está retirando os moradores do local. No bairro Jardim das Palmeiras também foram registrados deslizamentos.
No bairro Brejaru, três famílias estão desabrigadas depois que a água invadiu suas residências. Outros locais do município, como Rio Grande, Ponte do Imaruim, Passa Vinte, Pedra Branca, Eldorado, Frei Damião e Centro também ficaram alagados.
De acordo com o major Márcio Luiz Alves, diretor da Defesa Civil do Estado, há áreas isoladas em alguns pontos do município de Palhoça. É o caso da Servidão Silvio João da Silva, na comunidade de São Sebastião, onde cerca de cem moradores estão ilhados. Eles moram no fim da rua e não conseguem chegar de carro ao começo da servidão porque a ponte que liga os dois locais cedeu esta manhã. Os moradores só conseguem passar a pé.
— Acreditamos que, com a diminuição da chuva, possamos acessar e retirar as pessoas das áreas alagadas.
Em São
José, segundo o Corpo de Bombeiros, famílias
também tiveram que deixar suas causas devido a alagamentos no bairro Flor de Nápoles e Jardim Pinheiros. Também foram registrados alagamentos nos bairros Sertão do Imaruim, Forquilhinha e Picadas do Sul. O mesmo problema ocorreu ainda na Rua Santana, em Santo Amaro da Imperatriz.
Na Capital, também há pontos de alagamento. A SC-401 voltou a ser interditada por precaução no ponto onde houve deslizamento de terra no dia 23 de novembro. O tráfego de veículos no km 14 da rodovia foi desviado para a estrada geral do bairro Cacupé.
No Morro da Lagoa, o movimento de veículos foi prejudicado pela queda de árvores sobre a pista. Parte de um barranco às margens da Via Expressa, a BR-282 no acesso a Florianópolis, no Morro da Caixa, desmoronou. A pista não chegou a ser atingida.
Apesar das ocorrências da madrugada e início da manhã, ninguém ficou ferido. A Defesa Civil Estadual colocou lonas à disposição das famílias atingidas e visitou os bairros mais alagados
ainda na madrugada.
Chuva provoca alagamentos em Joinville e Itajaí
O mau tempo também provocou alagamentos em Joinville, no Norte. Segundo informações dos bombeiros, os bairros da zona Sul são os mais atingidos até o momento. Petrópolis, Jarivatuba, Fátima, Itinga, Paranaguamirim, João Costa e Parque Guarani tiveram pontos alagados.
Houve um deslizamento de terra no bairro Petrópolis no final da noite de segunda-feira e uma queda de muro entre duas residências no Paranaguamirim. Algumas famílias já foram retiradas de suas casas e encaminhadas para casas de parentes e amigos, os bombeiros não sabem informar ainda quantas famílias.
De acordo com o major Márcio Luiz Alves, bairros em Itajaí, no Litoral Norte, que foram inundados durante as fortes chuvas do mês de novembro, também apresentam pontos de alagamento. Famílias tiveram que sair de suas residências.
Ele orienta as pessoas que estão em áreas alagadas para que evitem o contato
com a água, diminuindo a possibilidade de contaminação
por doenças. Os moradores de áreas de encosta também devem observar se há rachaduras no solo, deslocamento de pedras e inclinação de postes e árvores ao redor de casa.
Um dos maiores motivos para esse barranco desmoronar é porque os moradores jogam lixo aí. Eu já vi várias vezes a COMCAP limpando esse barranco e plantando vegetação para que ele não desmorone, mas as pessoas jogam lixo e matam a vegetação. Só podia dar no que deu...
Parte de um barranco às margens da Via Expressa, a BR-282 no acesso a Florianópolis, no Morro da Caixa, desmoronou
Foto:
Pedro Rockenbach
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