Emergência em SC | 08/12/2008 18h45min
A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) recuperou quase 100% da infra-estrutura de alta tensão (AT) na região do Vale do Itajaí. Segundo a empresa, a recuperação da rede de baixa tensão (os pontos de medição propriamente ditos) também está em pleno andamento.
Na região de Itajaí, que foi mais atingida pelos alagamentos, a recuperação emergencial da rede foi concluída na última semana. A Celesc trabalha agora na troca ou recuperação de medidores em residências e comércio.
O maior problema continua sendo a recuperação da área do Morro do Baú, em Ilhota, que está isolada por motivo de segurança. Ali, havia 115 unidades conectadas na parte da rede que está sem eletricidade, mas a empresa não tem como saber quantas unidades podem ser recuperadas, em virtude da destruição causada pelos deslizamentos.
Na região de Blumenau, com danos provocados igualmente por enxurradas e deslizamentos, há áreas às quais a Celesc ainda não tem acesso. Em vários
locais, a empresa depende da reparação
prévia das estradas de acesso. Em outros pontos, a própria Defesa Civil solicitou que, por motivo de segurança, o sistema elétrico ficasse desligado. No momento, menos de 1% da rede elétrica da região está sem abastecimento.
Desde a última quarta-feira está em andamento uma operação emergencial, orçada em R$ 1,2 milhão, para restabelecer integralmente o abastecimento de energia elétrica na cidade de Luiz Alves, isolada por deslizamentos e enxurradas.
A energia para abastecer a cidade virá de uma rede que será ligada à subestação Salseiros, em Itajaí, em substituição à rede parcialmente destruída, que abastecia parte do município por meio da comunidade Belchior, de Gaspar, com energia da subestação Itoupava Central de Blumenau. A obra inclui a colocação de 300 postes e 25 quilômetros de cabos numa extensão final de 32 quilômetros.
A estimativa da Celesc é que a rede, construída em mutirão de urgência por um grupo de cerca de 100 homens, seja
concluída até o final desta semana.
Normalmente, a mesma obra levaria quase quatro meses para ser terminada, segundo a Celesc. Os deslizamentos e quedas de barreiras causaram danos sérios à rede elétrica do município, em particular no entorno do Morro Serafim.
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