| 13/11/2008 14h40min
O goleiro Felipe foi o primeiro jogador do Corinthians a aparecer na área de desembarque do Aeroporto de Congonhas, nesta quinta-feira, no retorno da delegação corintiana a São Paulo após a vitória de 2 a 1 sobre o Juventude, em Caxias. O jogador sorriu ao falar sobre os insultos racistas que diz ter recebido da torcida do Ju, no Estádio Alfredo Jaconi.
– Não dá para esquentar a cabeça com isso. Vai ser difícil mudar essa mentalidade. No Brasil, tudo é mais complicado. Não foi a primeira vez e nem será a última. Não é só comigo que acontece – minimizou Felipe.
Não é a primeira vez que o goleiro do Corinthians se vê em meio a um caso parecido. Neste ano, ele já havia recebido insultos racistas da torcida do ABC, em Natal. Felipe também tem um processo por ofensas contra Paulo Carneiro, ex-presidente do Vitória, após o rebaixamento da equipe baiana à Série C, em 2005.
Dirigente quer punição a torcedores
Para o vice-presidente de futebol do Corinthians, Mário Gobbi, o correto seria identificar os culpados e abrir processo criminal, e não aplicar sanções na esfera desportiva ao Juventude.
– Racismo é um ilícito penal. Não vejo responsabilidade objetiva do clube nisso. É preciso identificar e punir quem fez as ofensas. Caxias do Sul é uma cidade maravilhosa. Não será uma meia dúzia que vai manchar isso – disse o dirigente.
Felipe, ao contrário, acredita que o Juventude precisa ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
– Deveriam perder mandos de campo, jogar com estádio fechado. Por enquanto, a minha alegria é que eles continuarão com o gostinho amargo de disputar a Série B. Mas, enquanto não fizerem nada, somente branquinhos de olhos azuis poderão enfrentar e atuar no Juventude. Acham que preto não sabe jogar bola – desabafou.
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