| 08/11/2008 03h23min
No milionário basquete norte-americano da NBA, é sobre o jogador mais experiente, de maior salário, que recai a maior cobrança. Ele é chamado de go to guy, ou o cara que decide, que fará o arremesso da vitória a milésimos de segundo do final da partida. No futebol, a cobrança recai sobre a estrela do time. No Grêmio, porém, é diferente.
Contratado por empréstimo ao PSG para ser o referencial técnico da equipe, Souza ainda não conseguiu encaixar no jogo coletivo do time de Celso Roth. Dono do maior contracheque do grupo – ele recebe pouco mais de R$ 100 mil de uma folha salarial de R$ 900 mil mensais, ou seja, algo como 12% do total –, Souza já foi ala pela direita, ala pela esquerda e meia. É uma espécie de curinga que ainda não deu certo. Oscila entre a equipe principal e o banco de reservas. Das 16 partidas que disputou desde agosto, foi titular em apenas sete delas.
O meia e dublê de ala admite frustração com a situação. Ainda mais que o Brasileirão está no
final e ele ainda não
conseguiu se firmar na equipe. Questionado sobre a por que não vem sendo um jogador decisivo na reta final do campeonato, Souza se disse decepcionado com o atual momento. Lembrou que chegou com o time já montado e, por isso, jamais cobrou de Roth a titularidade.
— Não adianta ser experiente, ter títulos e qualidade técnica se você não joga. Confiança se adquire em campo. Estou devendo em ritmo de jogo — admitiu Souza.
Nos tempos de São Paulo, quando foi campeão da Libertadores, do Mundo e bicampeão Brasileiro, Souza jamais conseguiu uma afirmação na meia. Foi reserva de Danilo. Virou opção na lateral-direita quando Cicinho deixou o clube e enquanto Ilsinho ainda não tinha a total confiança de Muricy Ramalho. No Brasileirão de 2006, foi escolhido o melhor lateral do campeonato. No PSG, atuava como ala pela direita, mas com funções de armador e liberdade para juntar-se aos atacantes.
Últimos resultados têm deixado time
ansioso
No Grêmio, ainda não convenceu em
nenhuma das três funções nas quais atuou. O ala/meia lembrou que com Roth suas melhores atuações foram no meio-campo: contra Atlético-MG, Flamengo — quando começou na ala, foi para o meio e marcou um gol de falta — e Fluminense.
— Quantas partidas eu disputei? Nem sei. Cheguei com o time pronto, mas, mesmo sem jogar, sabia que seria cobrado — desabafou o camisa 21 do Grêmio.
Apesar dos lamentos, o jogador será o ala-direito do Grêmio amanhã, contra o Palmeiras, no Parque Antártica. Garante que desde os tempos de São Paulo costuma dar sorte contra os times de Wanderley Luxemburgo. Com uma vitória sobre o Palmeiras, Souza assegura que o Grêmio voltará a ser apontado como favorito ao título.
— Nosso time anda ansioso por causa dos últimos resultados, mas um bom resultado contra o Palmeiras poderá resolver tudo. Precisávamos mesmo era tomar um banho de pipoca (para fazer um descarrego), nosso time está muito pesado — disse
ele.
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