O Figueirense não conseguiu balançar as redes do Fluminense na continuidade da partida interrompida semana passada e perdeu o duelo e a chance de pontuar em casa. O resultado manteve o alvinegro na zona de rebaixamento da Série A do Brasileirão, ocupando a 18ª posição da tabela, com 35 pontos. Em entrevista coletiva após o confronto, o técnico Mário Sérgio elogiou o desempenho da equipe nos 80 minutos de jogo disputados nesta quarta-feira, no Orlando Scarpelli.

Para o treinador, o time passa por um momento complicado no campeonato, mas não é hora para achar culpados:

— Não adianta a gente chorar, espernear e tentar achar culpado. Temos que nos mobilizar e traçar um objetivo. O futebol é assim, eu só posso reclamar dos (primeiros) 16 minutos contra o Fluminense (na quinta-feira passada). Mas dos outros jogos, eu não posso falar nada. Nada está perdido, temos que fazer 15 pontos — calculou o comandante alvinegro.

"Eu seria burro se repetisse escalação"

O técnico explicou as duas substituições na partida desta quarta, realizadas antes mesmo de o time entrar em campo. Mário Sérgio tirou Ramón e Jackson e promoveu as entradas de Bruno Santos e Anderson Luiz.

— Se eu repetisse a mesma equipe daquele jogo, que foram os piores 16 minutos que vi esse time jogar, eu seria, no mínimo, burro. Por isso, eu mudei o grupo em relação ao que entrou na primeira parte da partida. E o time foi muito bom no primeiro tempo. Tentou no segundo, mas o gramado também não ajudou. O melhor na partida de hoje (quarta-feira) foi o Figueirense, sem dúvida.

Ao ser questionado se o zagueiro Alex Bruno fez falta no confronto, o treinador alvinegro disse que a defesa não teve problemas. Por outro lado, a chuva dificultou bastante o trabalho do setor ofensivo, de acordo com Mário.

— (O Bruno) faz falta porque é um grande jogador, mas a defesa não teve problema algum hoje, se saiu muito bem. O Tadeu e o Bruno Santos jogaram como dois leões, mas um campo desse favorece muito mais os defensores do que os atacantes.

No próximo sábado, o Figueirense recebe o Atlético-PR, adversário direto na briga para fugir do rebaixamento. Até lá, o time segue hospedado em Águas Mornas e treinando no CT do Cambirela, em Palhoça. E o comandante alvinegro já avisa, é regime de concentração total:

— Não tem internet, não pega celular e a televisão tem quatro canais. O cara só tem que comer, treinar e descansar — afirmou o técnico.