Nem tão feliz, mas também não tão triste. É assim que Nelsinho Piquet define sua sensação um dia após o GP de Cingapura, realizado neste domingo. O brasileiro, que abandonou a disputa ao se acidentar ainda na 13ª volta, ficou bastante insatisfeito com seu desempenho, mas pelo menos viu a Renault comemorar a primeira vitória na temporada, através de Fernando Alonso.

Curiosamente, mesmo sem ter uma participação direta, Nelsinho acabou sendo um dos responsáveis pela vitória de Alonso, uma vez que sua batida no início da prova foi justamente o que provocou a entrada de safety car. A bandeira amarela proporcionou um bom posicionamento ao espanhol, que havia largado em 15º e, àquela altura, voltava à pista depois de seu primeiro reabastecimento.

– É um sentimento que é bom e ruim ao mesmo tempo. Fernando iniciou a corrida próximo a mim e ganhou a corrida, o que é bom para a Renault. Porém, eu me sinto provavelmente como ele o fez em Hockenheim, onde o satefy car me ajudou – disse o piloto, em referência à corrida na qual terminou na segunda posição, o melhor resultado de sua carreira na Fórmula-1.

Reconhecendo que foi o único responsável pelo acidente precoce em Cingapura, Nelsinho lamentou, lembrando que poderia ter levado vantagem da outra bandeira amarela agitada na pista, que teve relação com o acidente de Adrian Sutil.

– Tentei uma estratégia diferente da do Alonso (de só uma parada) na esperança de me beneficiar com um safety car. Se eu não tivesse batido teria sorte com a entrada dele no fim da corrida.

Tentando ver o lado bom do fim de semana, o brasileiro ainda lembrou que a Renault assumiu a quarta colocação do Mundial, com cinco pontos à frente da Toyota, o que pode dar mais tranqüilidade para o final do campeonato.

– Tomara que o time esteja um pouco mais seguro no quarto lugar e que possamos arriscar um pouco mais nas últimas três corridas. Talvez já estejamos salvos da ameaça da Toyota.