| 22/04/2008 11h01min
A tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim fez sua passagem nesta terça-feira pela Indonésia, mas ficou longe do povo em Jacarta, capital do país. Em meio a grandes medidas de segurança, a chama esteve em uma cerimônia realizada em um estádio fechado, para apenas 5 mil pessoas. A maioria dos que assistiram à festa era de estudantes e trabalhadores chineses que residem na Indonésia, e que receberam autorização prévia para entrar.
A etapa em Jacarta foi reduzida ao mínimo necessário: teve início às 14h10min locais (4h10min de Brasília) e terminou às 15h30min (5h30min de Brasília). Cerca de 5,5mil policiais e militares foram mobilizados para manter afastados possíveis manifestantes. Devido ao forte aparado de segurança, estudantes universitários que planejavam um protesto na frente do estádio desistiram da idéia.
Os organizadores admitiram que a decisão de limitar o número de espectadores no estádio, que tem capacidade para 88 mil pessoas, se deu após uma conversa com o comitê diplomático chinês. A chama deveria percorrer 15 quilômetros em Jacarta, mas, após os problemas em Paris, Londres e São Francisco, o trajeto foi revisto.
Mais cedo, um holandês e sete indonésios foram detidos por seguranças locais para evitar distúrbios durante a passagem da tocha. Quase todos os presos faziam parte de um grupo de cerca de 100 manifestantes que protestavam deste às 10h locais com bandeiras do Tibete e acusavam o governo de Pequim de violar os direitos humanos.
Manifestação em março acendeu sinal de alerta
No dia 31 de março, cerca de 200 pessoas, em sua maioria monjes budistas e ativistas, protestaram em frente à embaixada chinesa em Jacarta contra a repressão chinesa durante a última revolta dos tibetanos. Segundo o site GloboEsporte.com, os manifestantes exigiram que o governo de Pequim dialogue com o Dalai Lama para encontrar uma solução para o conflito.
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