Em quase todas as entrevistas, Claudio Milar sempre lamenta não ter recebido oportunidades em times da Série A do Brasileirão, principalmente Inter e Grêmio, que estão próximos e conhecem suas atuações. Mas em 2001 o atacante uruguaio do Brasil-Pe recebeu sua grande chance, retornando da Europa pra jogar pelo Botafogo.

Milar chegou ao clube carioca então treinado por Abel Braga. E não recebeu nenhuma chance. Acabou saindo do Botafogo poucos meses depois, descontente com o treinador que hoje comanda o Inter.

- Não guardo mágoa, mas pelo menos hoje o Abel viu que eu não sou um jogador qualquer como ele pensava - afirma.

Milar lista seus feitos mais recentes, como o 100º gol marcado pelo Brasil-Pe, ou então o primeiro lugar na enquete da Rádio Gaúcha que o elegeu o melhor estrangeiro em atividade no futebol gaúcho, para justificar o argumento.

Além da resposta a Abel Braga, Milar tem outras motivações na partida deste sábado contra o Inter. A primeira é a falta de gols: desde que marcou o 101º, há sete rodadas, o uruguaio não balançou mais as redes no Gauchão.

E a principal: a presença da torcida Xavante. Ele quer fazer um gol que represente a vitória do Brasil-Pe sobre o Inter para retribuir a paixão dos cerca de 500 rubro-negros que estarão no Beira-Rio.

- Tenho sonhado com esse gol - confessa Milar.