| 03/03/2008 08h43min
O paulista Willian Magrão não precisou marcar gol de calcanhar, como Perea, sábado, para ser citado pela torcida do Grêmio como um dos principais nomes da goleada de 4 a 0 sobre a Ulbra, no Olímpico. Como vem ocorrendo desde o início da temporada, o volante de 1m90cm revezou-se com Eduardo Costa nas tarefas de marcação e ainda teve fôlego para chegar à frente. Proporcionou segurança para que Roger, Soares e Perea brilhassem uma tarde de gala do ataque.
Roger fez 1 a 0 aos 12 minutos, depois de limpar o zagueiro e acertar o ângulo. Perea ampliou 11 minutos depois e Soares fez o 3 a 0, aos 30. No segundo tempo, o colombiano encerrou a goleada, que derrubou o técnico da Ulbra, Paulo Henrique Matos.
Estigma de lento não incomoda
Autor de quatro gols neste ano, Magrão passou em branco no sábado. O que não abala seu prestígio. Nada mal para quem passou boa parte de 2007 criticado pela falta de mobilidade. A imagem de lento, na verdade, não chega a incomodar.
– Sou assim mesmo, não tem como mudar agora. Mas também não sou tão lento assim – sorri o jogador.
O apelido de falso lento lhe cairia bem. Longilíneo, Magrão percorre sem dificuldade o campo. Sábado, apareceu mais de uma vez na área para concluir. Tem sido assim ao longo de todo o Gauchão. Seus quatro gols o deixam empatado com Roger como goleador do time no estadual.
– Tenho liberdade para chegar à frente. Principalmente em casa, onde impomos ritmo forte – comemora.
Casado com a paulista Michele, 20, Magrão festeja a evolução na carreira. É o seu melhor momento desde a chegada ao Olímpico em 2005, trazido do Mogi-Mirim-SP, de quem obteve o passe após disputa judicial.
– No Brasileirão e na Libertadores, peguei mais experiência e malandragem – diz.
Fã de Lucas
Fã do ex-companheiro de time Lucas, hoje no Liverpool, Magrão não deverá demorar a encontrá-lo na Europa. Junto com o zagueiro Leo, é aposta de negócio da direção. Seu contrato se encerra na metade de 2010. O fato de ser representado pelo pentacampeão Rivaldo certamente facilitará.
Por enquanto, Magrão ainda usa táxi para ir ao Olímpico. Não gasta mais do que R$ 5 para ir de seu apartamento, na Avenida Princesa Isabel, até o estádio. Em março, o volante já quer usar o próprio carro. Ainda este mês, espera concluir as aulas teóricas de direção e fazer a prova prática.
– Se não tivesse passado duas semanas em Bento
Gonçalves, na pré-temporada, já estaria dirigindo – lamenta Magrão, que precisou pegar carona com Nunes para visitar amigos na Tristeza, na tarde de folga de ontem.
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