| 01/03/2008 12h09min
Quando chegou ao São Paulo, um dos pedidos feitos por Adriano à imprensa era para não ser chamado de Imperador. Neste sábado, depois de se sentir perseguido pelos veículos de comunicação que repercutiram o caso de seu atraso ao treinamento de sexta-feira e o desentendimento que teve com o superintendente Marco Aurélio Cunha, o atacante fez questão de que o apelido conquistado na Itália seja repetido durante a sua passagem pelo Morumbi.
– Eu disse que não queria ser chamado de Imperador quando cheguei, mas tem que ser chamado de Imperador sim. Se eu não fosse o Imperador, isso tudo não teria essa mesma dimensão que teve nos últimos dias. Tem que me chamar mesmo porque eu conquistei esse nome, e para isso eu ralei muito para conseguir – cobrou o camisa dez do São Paulo.
O atacante, que deverá ficar no Morumbi até o final da Libertadores antes de se reapresentar à Inter de Milão, também mandou um recado aos jornalistas. Com o sentimento de perseguição, Adriano garantiu
que não se abaterá pelo
fato de as notícias recentes envolvendo seu nome tenham sido negativas.
– Não vão ser vocês que vão destruir o meu título de Imperador porque eu não vou deixar. Vocês podem ter certeza disso – apontou, deixando a sala de imprensa logo em seguida e encerrando a coletiva no CCT da Barra Funda.
Os comentários a respeito de Adriano começaram na quinta-feira, quando o jogador foi o único da delegação tricolor a desembarcar em Guarulhos sem o uniforme são-paulino, quebrando o protocolo. No dia seguinte, o camisa dez chegou atrasado ao centro de treinamento do São Paulo para o treino de manhã, se desentendeu com o dirigente da equipe por causa da rotina do treinamento muscular e, antes de retornar à sua casa, ameaçou agredir um fotógrafo.
Gols
Sem medo de que os acontecimentos negativos atrapalhem o retorno à velha forma, Adriano assegurou que a única solução para que o fim da boataria em torno de seu nome é balançar
as redes.
– Minha consciência está tranqüila e sei
que, para apagar isso (imagem negativa), tenho que fazer gols e jogar bem. Hoje em dia a gente vê que só a nossa família está do nosso lado. Acho que não tinha essa necessidade de que tudo tivesse essa repercussão que está tendo – declarou.
Multado em 40% do salário por chegar atrasado no treinamento de sexta-feira, abandonar o programa de treino físico sem autorização do clube e discutir com o superintendente Marco Aurélio Cunha, Adriano aproveitou para minimizar o caso.
– Não tem como explicar o atraso, simplesmente chegue depois do horário. Depois, na fisioterapia, houve uma pequena discussão entre mim e o Marco Aurélio. Fiquei nervoso e fui embora. Sei que errei por ter chegado atrasado, mas são coisas que acontecem e que comigo têm um peso muito maior do que se tivesse ocorrido com um jogador normal – reclamou o Imperador, que reivindicou o apelido majestoso.
Apesar das rusgas com o Tricolor, Adriano deverá ser o titular da equipe são paulina
que no domingo enfrenta fora de casa
o Mirassol, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. O camisa dez deverá formar a dupla titular ao lado de Borges.
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