| 24/02/2008 14h24min
Lucas chegou a Liverpool, terra dos Beatles, há oito meses. Vendido pelo Grêmio por 9 milhões de euros, passou 60 dias só treinando, mas agora já contabiliza uma seqüência de sete jogos como titular. Participou da vitória de 2 a 0 sobre a Inter, de Milão, na largada das oitavas-de-final da Liga dos Campeões, esta semana, e estava escalado para enfrentar o Middlesbrough, no sábado. Nesta conversa, o volante que mora a dois minutos da ex-casa de John Lennon, conta como a sua vida está começando a mudar com a titularidade do Liverpool:
Zero Hora — O que foi mais difícil na adaptação ao futebol inglês?
Lucas — A intensidade do jogo e o espaço reduzido. É praticamente dois toques.
ZH — E o idioma?
Lucas — Sigo tomando aulas, mas já dou entrevistas em inglês. O segredo é não ter medo de errar e meter as caras
(risos).
ZH — A torcida já te reconhece na rua?
Lucas
— Estranhei na chegada. No Grêmio era ídolo, mas aqui ninguém me conhecia. Com esta seqüência de jogos, começo a ter o reconhecimento do torcedor.
ZH — Qual a sua evolução nestes oito meses de Europa?
Lucas — Na parte técnica, melhorei o passe. Sem um bom passe e domínio de bola, você não joga aqui. Se dominar errado, vai perder a bola. O juiz não marca tantas faltas e a marcação chega rápido. Cresci taticamente. Sou quase sempre segundo volante e aprendi a dosar melhor o momento certo de ir à frente. Aqui tem muito contra-ataque. Fiz um gol só. Mas é um gol pelo Liverpool, pô (risos).
ZH — Sinceramente: você imaginava ser titular de um grande clube tão rapidamente?
Lucas — Eu acreditava, mas quando cheguei levei um susto. Me disseram que eu ia entrar aos poucos. Fiquei dois meses sem jogar nenhuma partida. Depois
compreendi que eles não queriam me colocar em qualquer furada.
ZH — Tem
acompanhado o Grêmio?
Lucas — Claro! O vínculo com Porto Alegre ficou. Todos os dias eu acesso vocês aí (zerohora.com) pela Internet.
ZH — Onde você mora?
Lucas — Em um apartamento de três quartos, a dois minutos da casa onde o John Lennon morava, em frente a um parque. Acordo e as árvores estão cobertas de gelo. É bonito demais.
ZH — E a Olimpíada?
Lucas — Ah, quero muito. Se a gente ganhar, estaremos na história do futebol brasileiro. Penso nisso todos os dias. Nada é mais importante para a Seleção este ano do que o ouro em Pequim.
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