| 20/12/2007 05h28min
Sobra confiança a Tadeu, 21 anos, o centroavante que o Grêmio trouxe do Juventude. Ontem, ao falar de suas características, ele negou com veemência ser um jogador de qualidades limitadas. Chegou a perguntar quem havia feito tal avaliação. Ao responder se tem boa técnica, foi enfático:
— Não me considero técnico. Sou técnico mesmo.
Não se trata de sua primeira passagem pelo Grêmio. Em 2001, já representado pelo empresário Sandro Becker, atuou nas categorias de base do clube. Tinha 15 anos e morava na "caverna", apelido dado à concentração dos jogadores trazidos de fora. Conviveu com Carlos Eduardo, hoje na Alemanha, e Marcelo Grohe, que permanece no grupo.
Um ano depois, Tadeu foi para o Cruzeiro, onde permaneceu por quatro anos e meio. Como concorria com Fred, hoje no Lyon, da França, jogou poucas partidas. Situação semelhante à vivida no São Paulo, seu clube seguinte. Reserva de Aloísio, jogou "só umas três ou quatro partidas".
— Até hoje, só tive fera no meu caminho. Ao
menos, foi bom para aprender — brinca, apostando em uma briga parelha com Marcel.
Descontada a vinda para o Grêmio, as lembranças de 2007 não são boas para Tadeu. Duas lesões o deixaram sete meses sem jogar. O centroavante finaliza a temporada com nove gols, cinco deles no Brasileiro. Pouco na analise do próprio atacante.
Nada, no entanto, que abale sua convicção em vencer a desconfiança que acompanha um centroavante trazido de um clube rebaixado à Série B. Diz que não seria contratado pelo Grêmio se não soubesse jogar.
— Desafios são feitos para serem vencidos. Foi o que a minha mãe me ensinou — diz o jogador, lembrando Antônia de Lima Mouro, principal incentivadora de sua carreira, falecida dia 23 de setembro. Poucas horas depois de saber, Tadeu entrou em campo em um jogo contra o Flamengo.
Victor diz que sabe
jogar com os pés
Preocupado com a repercussão da entrevista
em que admitia dificuldades em bolas rasteiras e jogar com os pés, o goleiro
Victor mudou ontem um pouco o tom de suas declarações.
— Não falei que tenho dificuldades com os pés, disse que prefiro jogar simples. Falei, também, que goleiros altos têm, geralmente, uma certa dificuldade em bolas rasteiras — corrigiu Victor, que tem 1m93cm.
Formado no Paulista, de Jundiaí, Victor era reserva de Rafael, hoje em Portugal, na campanha do título da Copa do Brasil, em 2005. A queda do Paulista à Série C do Brasileirão não irá afetar sua imagem junto aos torcedores do Grêmio, acredita o goleiro.
Tadeu (E) e Victor concederam entrevista no Estádio Olímpico nesta quarta-feira
Foto:
Ricardo Duarte
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