| 12/12/2007 13h17min
Mesmo após o grave acidente que resultou em sete mortes no jogo entre Bahia e Vila Nova-GO, pela Série C, a demolição da Fonte Nova está longe de ser unanimidade em Salvador. Uma ação popular foi ingressada pelo advogado Eduardo Tosto Meyer Suerdieck, da OAB-BA. Ele quer evitar que o fim do estádio seja resultado de uma precipitação.
— É uma ação preventiva para evitar uma demolição sem que antes haja um estudo melhor, uma discussão da sociedade como um todo. A Fonte Nova é um bem público da Bahia. Para destruí-la, é preciso uma justificativa mais aprofundada - diz o advogado, por telefone, ao globoesporte.com.
Infográfico: entenda a tragédia an Fonte Nova
A ação foi movida no último dia cinco e nesta
quarta-feira já sai o despacho da Juíza Lisbete Cézar Santos, da 7ª Vara da Fazenda
Pública de Salvador. São três as possibilidades do resultado do despacho: conceder o pedido de liminar e, assim, impedir a demolição até que o caso seja julgado; indeferir o pedido; e rejeitar o processo. Todos os resultados cabem recurso.
A ação popular pode ser ingressada por qualquer pessoa. Eduardo Suerdieck confirma que a idéia do pedido de liminar foi apenas dele. No entanto, revela que tem conhecimento de movimentos em outros setores da sociedade.
— Soube que a Universidade Federal da Bahia e algumas organizações de arquitetos questionam a demolição também — revela o advogado.
O governo da Bahia ainda não estipulou uma data para a demolição da Fonte Nova. No estado há um grupo de trabalho que cuida dos assuntos sobre a Copa de 2014, e, por causa da parte burocrática, não há uma definição sobre o prazo. O procurador-geral da Bahia, Rui Moraes, diz que o governo baiano deve esperar pelo resultado do despacho para saber como agir em
seguida.
— Se não houver a liminar, fica
valendo a decisão administrativa (sobre a demolição) — analisa Moraes.
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