| 02/12/2007 11h15min
Ao conquistar hoje o prêmio Bola de Ouro, da revista especializada France Football, Kaká, do Milan, e com o brilhante desempenho na última Liga dos Campeões, conquistando o título em cima do Liverpool e a artilharia do torneio, com 10 gols, o brasileiro fica cada vez mais perto de gravar seu nome definitivamente na história do futebol mundial.
Em agosto, o brasileiro foi eleito pela Uefa o melhor jogador de clube da Europa e também o melhor atacante da última temporada — apesar de jogar no meio-campo. Aos 25 anos, Ricardo Izecson dos Santos Leite tornou-se o quinto brasileiro a levar a Bola de Ouro, continuando uma tradição iniciada há dez anos pelo atacante Ronaldo, hoje seu companheiro de Milan.
O talento e humildade do jogador dentro e fora de campo pesaram na hora da votação. Definido pelo dono do Milan, Silvio Berlusconi, como "o genro ideal", ninguém questiona os méritos do jogador nascido em família de classe média e extremamente religioso.
Kaká chegou ao São Paulo aos
oito anos, como sócio, e começou a jogar aos 12. De físico franzino, ele demorou para conseguir convencer os pais de seu sonho, mas tornou-se profissional aos 18.
Desde sua presença nas categorias de base, Kaká sempre esteve acompanhado pelo Departamento de Fisiologia do São Paulo, que descobriu que sua idade óssea era defasada e trabalhou para melhorar a condição.
O meia teve sua primeira chance no time principal do São Paulo, num clássico contra o Santos, marcou um dos gols da vitória por 4 a 2 e se transformou na nova esperança da torcida.
Ele voltou a brilhar marcando duas vezes contra o Botafogo, na decisão do Torneio Rio-São Paulo de 2001. Depois do título, decidiu mudar a grafia de seu nome: mudou de "Cacá" para "Kaká".
Em 2001, assumiu de vez a condição de ídolo e titular do São Paulo. Após disputar um ótimo Campeonato Brasileiro e receber elogios de Luiz Felipe Scolari, técnico do Brasil à época, acabou convocado para a
Copa do Mundo de 2002.
Na Coréia do Sul
e Japão, ele foi inevitavelmente comparado a Ronaldo na Copa de 1994, por ser o jogador mais jovem do elenco. A diferença é que, ao contrário do "Fenômeno", que não participou em campo da conquista do tetra, ele enfrentou a Costa Rica, entrando no segundo tempo.
Após ser campeão do Mundial, ele passou um último ano difícil no São Paulo, sofrendo a cobrança de uma torcida que exigia conquistas. Diante do interesse do todo-poderoso Milan, Kaká acabou optando pela aventura no futebol europeu ainda precoce, em 2003.
E sua escolha foi mais que acertada. Kaká não desperdiçou a chance de ser tornar peça-chave de uma das equipes mais importantes da Europa e do mundo, atingindo um status de craque que o torna objeto de desejo de todos os times do mundo — o Real Madrid, principalmente.
Entre os títulos conquistados estão um Campeonato Italiano, uma Liga dos Campeões — e outra final, perdida para o mesmo Liverpool —, duas Supercopas da Europa e uma Supercopa
italiana, além do carisma dos
torcedores do rubro-negro de Milão.
Agora, o meia aguarda pelo anúncio do prêmio de Melhor Jogador do Mundo pela Fifa. Na última sexta-feira, Kaká foi indicado como um dos finalistas da premiação, ao lado do atacante português Cristiano Ronaldo, do Manchester United, e do meia-atacante argentino Lionel Messi, do Barcelona.
Se as previsões forem confirmadas, no dia 17 de dezembro, na cidade suíça de Zurique, a Fifa ratificará o que praticamente todo o mundo do futebol já sabe: Kaká, atualmente, é o melhor do mundo.
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