| 12/11/2007 16h19min
O presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Giancarlo Abete, não exclui a possibilidade de que o campeonato italiano seja suspenso nesta segunda-feira quando terminarem as reuniões programadas em vários níveis institucionais, conforme afirmou à imprensa local.
No domingo, ocorreram tumultos em Roma, e em outras cidades italianas, após a morte do torcedor da Lazio Gabriele Sandri, em Arezzo. Gabriele Sandri foi morto por um policial que tentava dispersar grupos rivais antes da partida entre Inter e Lazio.
Em participação no programa "Radio anch'io lo sport"', da rádio estatal italiana Rai, Abete ponderou que "o dia está começando agora, haverá eventos importantes do ponto de vista institucional, discussões com os Ministérios do Interior e do Esporte e com a opinião pública para dar conta da sensibilidade que se desenvolve no país".
— Mas, dizer hoje quais serão as decisões que serão tomadas me parece muito precipitado. E além das
decisões tomadas, quaisquer que sejam,
permanece um problema: o acontecimento de ontem constitui-se uma tentativa por parte de grupos organizados de modificar a relação de forças com as instituições e forças de ordem. E isto prescinde daquelas que serão as decisões de curto prazo tomadas pelo mundo do futebol. Questionemo-nos, como cidadãos, por que um bairro inteiro de Roma foi tomado por tumultos — disse Abete.
Em relação aos fatos acontecidos no estádio de Bergamo, onde o clube local Atalanta enfrentaria o Milan, Abete disse que "houve torcedores organizados de forma tão forte a impedir que ocorresse uma partida, certamente não mais sensíveis do que os torcedores de Firenze, Siena, Reggio Calabria e 41 cidades nas quais houveram jogos".
A decisão de não realizar algumas partidas (Inter x Lazio e Roma x Cagliari), segundo Abete, foi "tomada pela FIGC, portanto, por um organismo esportivo, e não por outros por motivos de ordem pública".
Mas agora, em que clima o país se preparará para
a partida decisiva da seleção
italiana contra a Escócia, em Glasgow, no sábado, pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2008?
— Em uma atmosfera triste, presente entre todas as pessoas envolvidas no mundo do futebol. Receitas milagrosas não existem, há tristeza, amargura, mas o futebol permanece para mim uma dimensão que pode dar alegria e renovar a esperança, como foi visto em Berlim em julho de 2006. Não posso pensar que o mundo do futebol em dez ou 15 anos seja feito somente de gente acomodada em frente à televisão. Não quero pensar nisso — respondeu o presidente da FIGC.
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