Depois de muitas entrevistas pós-jogo tentando explicar os resultados negativos e a má campanha em 2007, os jogadores do Inter comemoram os três pontos conquistados no último domingo, na vitória sobre o Vasco, de Romário e Perdigão. Junto com o alívio, porém, há um sentimento de alerta para evitar passar por esta situação novamente.

— Alívio, com certeza. A gente pode dizer isso hoje. Aliviado porque a gente não imagina estar brigando por rebaixamento, e legal por ter escapado disso e já projetar praticamente o ano que vem um ano diferente —destaca Alex, que viveu o paradoxo de ter conquistado o título mundial em dezembro e, no ano seguinte, conviver com a ameaça do rebaixamento no Brasileirão.

— O clima é de alívio e de cobrança. A gente está se cobrando bastante para terminar o ano na Sul-Americana — afirma o experiente Iarley.

O resultado, principalmente com a boa atuação, devolveu a confiança perdida ao longo do ano. Segundo o técnico Abel Braga, o clima também está mais descontraído no vestiário:

— Tirou um pouco do peso, tirou um pouco daquela coisa de 'jogava igual e não ganhava', empatava. Eu acho que a atuação, como um todo foi excepcional. Com o acerto que se jogou, eu não tenho a menor dúvida em dizer que foi a melhor atuação do ano.

Quem chegou há pouco também sentia a pressão de jogar no time campeão do mundo:

— Foi um alívio para todo mundo não falar mais em rebaixamento e pensar só na classificação para a Sul-Americana. Saiu um peso das costas de todo mundo — destacou Marcão, que deve voltar no sábado contra o Cruzeiro.

— Nós jogadores sabemos o que fizemos certo e errado na partida. Temos que estar felizes, lógico, pela vitória, mas não dá nem para comemorar muito porque no final de semana já tem outra pedreira — ponderou Nilmar, que reencontrará a torcida colorada: — Desde quando eu cheguei aqui, eu pensei neste momento de poder jogar no Beira-Rio. Então, estou bastante ansioso de fazer um bom jogo.