| 30/10/2007 12h49min
Atualizado às 14h51min
Emocionado após o anúncio oficial de Joseph Blatter que definiu o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o presidente Lula fez um discurso histórico.
— Podem ter certeza que vamos fazer uma Copa do Mundo para argentino nenhum botar defeito — garantiu.
Gráfico mostra a infra-estrutura de Porto Alegre para a Copa e o projeto de remodelação do Beira-Rio
Com todo seu carisma e capacidade de protagonizar situações insólitas, Lula quebrou o austero ambiente da sede da Fifa na Suíça e mandou para os ares o protocolo. Além de alfinetar os argentinos, se dirigiu ao ex-jogador francês e presidente da Uefa, Michel Platini, presente no evento.
— Estou
dividido, falando um pouco como presidente e um pouco como amante do futebol. Todos os brasileiros são um
pouco assim. Nós choramos, Platini, quando você marcou um gol de pênalti no Brasil (Foi um equívoco de Lula. O jogador francês marcou durante o jogo, mas perdeu sua cobrança na disputa de pênaltis, na Copa de 1986, que acabou eliminando o Brasil.). Mas também rimos quando Romário marcou gol e quando Dunga levantou a taça (no Tetra, em 1994) — disse o presidente.
Enquanto Lula falava, Romário, atrás dele, chorava. A cena, um misto de emoção e comédia, era a cara do Brasil.
Diante de Blatter e todo o Comitê Executivo da Fifa, o presidente garantiu que o Mundial no Brasil será um evento único:
— O comportamento extraordinário do povo brasileiro marcará a história das Copas do Mundo. (...) No fundo, no fundo, estamos assumindo a responsabilidade como nação, como Estado brasileiro, para provar ao mundo que temos uma economia crescente e estável. Somos um país com muitos problemas, sim, mas um país de homens
determinados a resolver esses problemas.
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