| 21/10/2007 06h55min
Tudo começou em 1997. Comandado por Celso Roth, o Inter era líder invicto do Brasileiro. Então, na 17ª rodada, num 11 de setembro, o Juventude impôs um 1 a 0 em pleno Beira-Rio. E assim teve início uma rivalidade. Dez anos depois, o confronto deste domingo, às 18h10min, revela que o antagonismo vive.
Infográfico: as escalações de Inter e Juventude
Desta vez, ou o Inter empurra o adversário às profundezas do rebaixamento ou o Juventude puxa o inimigo para o seu convívio indigesto. Quem explica tanto nariz torcido?
— Acaba não sendo um jogo normal — garante o atacante Christian, que defendeu os dois lados.
Houve equilíbrio nos últimos 10 anos. Foram 42 jogos em competições oficiais: 12 empates, 16 vitórias do Inter e 14, do Juventude. A idéia de que o time de Caxias do Sul
vence sempre o da Capital não se confirma diante das estatísticas. Mas o estrago das
vitórias do Juventude tem sido mais doloroso para o Inter.
Depois de 1997, o Inter assistiu aos caxienses levantarem a taça do Gauchão/98, de novo no Beira-Rio. No ano seguinte, o golpe do Juventude foi ainda maior.
Após dois confrontos, uma derrota do Inter e um empate, pela Copa Sul, as equipes se reencontraram na semifinal da Copa do Brasil. Não houve gols no primeiro jogo, no Alfredo Jaconi. Confiantes, os colorados lotaram o Beira-Rio. Estavam certos de que passariam à final da Copa e afastariam o azar dos últimos anos. Nada disso: o Juventude aplicou 4x0.
- A gente tinha a certeza da vitória. Lembro do torcedor na saída, cobrando, sem acreditar na desclassificação - recorda Christian, que jogou pelo Inter naquele 2 de junho de 1999.
O centroavante não é o único com lembranças amargas do Juventude. Aos 18 anos, Nilmar estreou nos prifissionais justo contra o desafeto de Caxias. No Gauchão de 2003, teve excelente atuação e
participou dos três lances de gols do Inter ainda
no primeiro tempo.
— Contra o Inter, eles crescem. No vestiário, fazem um clima como se fosse Gre-Nal - afirma Nilmar.
Certo ou não, no segundo tempo do jogo de estréia de Nilmar, o Juventude fez três gols e empatou o jogo.
A rivalidade também está baseada no fato de que, contra o Grêmio, o Juventude não obtém os mesmos resultados e as mesmas façanhas.
— Desde que cheguei esse jogo é encarado como clássico. Sempre é complicado. É um jogo diferenciado, com certeza — analisa Fernandão.
O técnico Beto Almeida, do Juventude, com a iminência da degola, não quer saber de folclore, touca ou adversário:
— A necessidade é de vitória, contra quem for. Não adianta ficar imaginando jogar um clássico. Quem pensa assim é o torcedor. A gente tem outros pensamentos. O que importa são os três pontos.
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