| 16/08/2007 19h58min
A apólice de seguro mantida pela TAM com a Unibanco AIG Seguradora cobre todas as despesas relacionadas a indenizações sobre o acidente com um de seus aviões, em julho passado. Por conta disso, a empresa não prevê nenhum tipo de impacto financeiro ou desembolso adicional ligado ao acidente que deixou 199 mortos, destruiu um de seus prédios em São Paulo e levou o governo a detonar uma série de mudanças no setor aéreo do país.
– A apólice é compreensiva e cobre todos os custos com o acidente – disse o vice-presidente financeiro da empresa, Líbano Barroso. Segundo ele, a cobertura contratada com o Unibanco AIG é de US$ 1,5 bilhão.
Ainda de acordo com o executivo, as resseguradoras que fazem parte do grupo com o qual a TAM contratou a apólice inclusive já têm um fundo com recursos suficientes para cobrir quaisquer pedidos iniciais de compensação relativos ao acidente.
Barroso voltou a ressaltar que a aeronave acidentada estava em plenas condições de uso e que a manutenção realizada pela TAM segue padrões internacionais e cumpre todas as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo ele, em Congonhas, aviões certificados para pouso podem operar até mesmo com os dois reversos (aparelho que reverte o fluxo de ar das turbinas, funcionando como freio) inoperantes. Assim, o fato de o Airbus que explodiu estar com um deles travado (pinado) não implica que isso tenha sido a causa do acidente.
Ele afirmou que a manutenção dos aviões que fazem rotas domésticas da TAM é realizada por funcionários da própria empresa, tanto nos aeroportos em que operam, como no centro de manutenção da companhia, em São Carlos (interior de São Paulo). Nesse centro, há espaço para a trabalhos simultâneos em um avião de fuselagem larga (como os Airbus A330) e para quatro de fuselagem estreita (como os A320, semelhantes ao que explodiu em Congonhas). São utilizadas equipes terceirizadas apenas em bases de operação estrangeiras, disse Barroso.
– Em média, numa empresa do tamanho da TAM, há entre duas e três aeronaves em manutenção não programada todos os dias. Isso é normal. O que acontece é que hoje a visibilidade é maior (por conta do acidente) – diz.
– O acidente foi uma tragédia, mas podemos garantir que fazemos toda a manutenção dentro dos padrões internacionais e que ela está em dia. Eu mesmo vôo TAM, assim como minha família, até hoje. Mas infelizmente houve essa tragédia – completou.
Ele também lembrou que a empresa é certificada pela própria Airbus para realizar manutenção nos aviões, e que o faz inclusive para outras companhias.
– Fazemos a manutenção de aeronaves Airbus para outras companhias, estrangeiras e nacionais, e inclusive do avião do presidente – afirmou o executivo, informando que todas as atividades do tipo na aeronave presidencial são acompanhadas por militares da Força Aérea Brasileira. O avião presidencial é um A319 modificado, da mesma família da aeronave acidentada da TAM.
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