| 08/08/2007 00h09min
Esta quarta é um dia importante na contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Pequim: falta exatamente um ano para o início do evento na capital chinesa. Em razão da marca, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, concedeu entrevista ao site oficial da Olimpíada, falando sobre os desafios na organização de um evento de tal grandeza.
– Tentamos limitar o tamanho, a complexidade, e também o gigantismo dos Jogos Olímpicos, então determinamos um limite de 28 modalidades esportivas e 10.500 atletas – explicou Rogge, acrescentando que estas limitações contribuirão para que países menos desenvolvidos também possam sediar edições do maior acontecimento esportivo mundial. – Isto vai assegurar que, no futuro, os próximos Jogos sejam mais bem organizados e viáveis para mais cidades no mundo, não apenas as cidades grandes e ricas – argumentou.
Rogge quer ver os Jogos Olímpicos sendo realizados na América Latina e na África. Ele disse que espera ver uma edição organizada em um continente que nunca viu uma Olimpíada.
– Adoraria ver os continentes que ainda não organizaram os Jogos, como África ou América Latina, o fazerem no futuro – declarou Rogge, sem, no entanto, especificar em que ano isto poderá acontecer. – Não posso dizer exatamente quando, mas ainda vou ver isto em minha vida. Espero e acredito que ocorrerão Jogos nestes continentes – declarou.
A única cidade latino-americana que já sediou uma Olimpíada foi a Cidade do México, em 1968. Depois do sucesso do Pan do Rio de Janeiro, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, confirmou que a capital carioca entrará na briga para sediar os Jogos de 2016.
Doping
Jacques Rogge ainda prometeu que, para Pequim-2008, está sendo preparado um rigoroso sistema antidoping. Seu objetivo é obter avanços na eliminação de casos de dopagem.
– Estamos preparando um sistema antidoping muito forte em Pequim com nossos amigos BOCOG (Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim, na sigla em inglês). Teremos nada menos que 4.500 exames, cerca de 1.000 exames a mais do que tivemos em Atenas, e teremos uma política de tolerância zero em relação a isso – assegurou Rogge.
A cidade
O dirigente esteve na capital chinesa em 2001, para acompanhar os Jogos Universitários. Depois, voltou a visitar a metrópole várias vezes. Segundo ele, a evolução é tanta que, a cada vez que ele chega na cidade, ele mal a reconhece.
– A cada vez, é uma nova cidade. Atualmente, é uma cidade com sedes esportivas esplêndidas; uma cidade com um sistema de transporte vastamente melhorado. Também é uma cidade com um novo aeroporto; é uma cidade com grandes melhoras em termos de poluição e meio-ambiente em relação ao que tinha antes. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas existe um grande progresso – declarou.
Voluntários
Nesta terça, voluntários dos Jogos realizaram uma cerimônia de juramento na Torre Olímpica de Pequim, para marcar a contagem regressiva de um ano para o evento. O presidente do COI e o chefe do BOCOG, Liu Qi, entregaram uma bandeira simbólica aos participantes.
Desde o dia 30 de julho, 560 mil pessoas se inscreveram para trabalhar como voluntários nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim. Deste número, cerca de 300 mil nasceram na capital chinesa.
Seminário
Para marcar a contagem de um ano para os Jogos, o COI recebeu os chefes das missões dos mais de 200 países participantes. O seminário teve início na última terça em Pequim. Para Liu, trata-se de uma oportunidade para as nações de participarem da organização.
– O seminário visa ajudar o BOCOG a ouvir conselhos e sugestões para a preparação dos Jogos Olímpicos de 2008 – declarou o chefe do comitê. Rogge também participou do evento.
O COI ainda lançou um site especial da contagem regressiva.
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