| 14/03/2007 09h52min
A disputa entre Santos e São Paulo está, agora, reservada aos dirigentes. Após empatar com o rival no clássico de domingo, o Peixe volta a se preocupar com a Copa Libertadores da América às 21h45min desta quarta-feira, quando receberá o Gimnasia e Esgrima, da Argentina, na Vila Belmiro. O confronto é o último do turno da fase classificatória do torneio continental. Com uma vitória, o Santos dispara na liderança do Grupo 8 e fica muito perto de confirmar a vaga para as oitavas-de-final. Atualmente, o Alvinegro é o líder com seis pontos, contra três de Defensor Sporting e Gimnasia e Esgrima e nenhum do Deportivo Pasto. O time colombiano receberá o uruguaio na quinta-feira.
– Uma vitória é fundamental para nossas pretensões de classificação – alertou o técnico Wanderley Luxemburgo.
Se antes o foco do Santos estava na Libertadores, uma vez que poupava seus jogadores do Campeonato Paulista, agora o difícil é esquecer a última partida do Estadual. O Peixe teve um gol anulado, mas arrancou o empate do São Paulo já nos acréscimos. Tudo isso não afeta os jogadores do Santos.
– Temos que esquecer o clássico. Já passou. Agora, nós só estamos falando do jogo contra o Gimnasia na concentração. É uma partida em que podemos dar um passo grande rumo à classificação e é nela que devemos pensar – pregou o atacante Marcos Aurélio.
Em meio à discussão sobre a Vila Belmiro, no entanto, o que ninguém nega é que jogar no alçapão é sempre vantajoso para o Santos. Fábio Costa e Wanderley Luxemburgo já ficarão satisfeitos se a pressão que o público fez contra o São Paulo se repetir diante do Gimnasia e Esgrima.
– É legal ver a torcida incentivando daquele jeito. É um clima de Libertadores. É o que queremos contra o Gimnasia – pediu o goleiro.
– É essa a torcida que a gente gosta, que contagia os jogadores dentro de campo – afirmou o técnico.
No entanto, Fábio Costa acredita que é o time quem deve contagiar a torcida, demonstrando garra no gramado.
– A reação do torcedor é compatível com o que ele vê dentro de campo. O esforço do time trouxe a torcida para o nosso lado contra o São Paulo. A tendência é que isso volte a acontecer agora, principalmente por ser Libertadores, que tem como característica não ser um jogo muito técnico, mas mais de pegada – previu.
A pegada é justamente a força do futebol argentino e o trunfo do Gimnasia e Esgrima para conquistar um bom resultado nesta quinta-feira.
– Até pela característica dos times argentinos, o jogo sempre é mais nervoso, mais tenso. A gente tem que respeitar as escolas de cada país. Pegamos um time uruguaio (Defensor Sporting), que marca muito forte, mas tem muita qualidade também. Mas o brasileiro tem o diferencial da parte técnica – analisou Fábio Costa.
Antônio Carlos é mais cauteloso.
– Equipes argentinas são todas perigosas. Além disso, os times jogam bastantes fechados na Vila Belmiro, o que traz uma dificuldade a mais – lembrou o zagueiro.
No Gimnasia, o técnico Pedro Troglio também tem sua prioridade na temporada. E, surpreendentemente, ela é o Torneio Clausura, e não a Libertadores. Após o empate por 2 a 2 com o Belgrano pela competição nacional, ele concedeu descanso para três titulares: Lucas Landa, Ignacio Piatti e Reinaldo Alderete.
– Eles vão se fechar, fazer o tempo passar e jogar nos contra-ataques – previu Wanderley Luxemburgo. Ao contrário do adversário, o Santos entra em campo com sua força máxima.
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