| 03/03/2007 16h21min
Na última terça, o jogo Grêmio x Cúcuta atrasou 65 minutos por causa de uma falta de luz. O fato deu mais um sinal à diretoria tricolor de que está na hora de os trabalhos pela construção do novo estádio se intensificarem. O primeiro a reforçar a idéia é o presidente Paulo Odone.
– O que aconteceu naquela noite valeu por dez discursos em favor da arena – raciocina o dirigente, ainda convencido de que o apagão teve início na subestação interna do Olímpico, em vez de ter sido causado por um sinalizador, como diz a CEEE.
Por coincidência, a nova casa do Grêmio nunca esteve tão próxima de virar realidade. Três meses depois de ser aprovado por 188 conselheiros, o estudo sobre a viabilidade técnica da arena aproxima-se da fase final. Realizado pela empresa holandesa Amsterdam Arena Advisory, estará concluído no final de abril. Pouco depois, a maquete já poderá ser vista pela direção e Conselho Deliberativo, que autorizarão ou não a execução da obra.
Dois consórcios portugueses disputam o projeto. Um deles pretende erguê-la no local em que se situa o Olímpico. O outro tem preferência pela zona Norte da Capital. Quem opta pela Azenha é o consórcio formado pelo Banco Banif, quarto grupo financeiro de Portugal, e a TBZ, empresa que gere, entre outras marcas, as do Real Madrid, Benfica e Porto.
Com chegada prevista para esta segunda-feira, direção, corpo técnico e arquitetos do Banif e da TBZ passarão três dias em Porto Alegre. Nesse período, conhecerão as instalações do Olímpico, participarão de reuniões com autoridades locais e sobrevoarão algumas das 20 áreas mapeadas pelo clube como adequadas para a construção da arena.
Na quarta-feira, quando o primeiro grupo estiver embarcando de volta para Lisboa, chegarão à Capital representantes do Banco Espírito Santo (BES), terceiro banco de Portugal, e da empresa Luso Arenas, que compõem o grupo favorável à mudança para a Zona Norte. O encontro com a direção do Grêmio foi agendado às pressas. O BES e a Luso Arenas se agilizaram ao saber que poderiam ficar para trás na disputa pela arena.
Na última quinta, o Grêmio apresentou o projeto à governadora Yeda Crusius em busca de garantia de que o Estado ofereça infra-estrutura de acesso à nova casa. Uma das reivindicações será levada ao governo federal: a duplicação da linha do Trensurb, caso vingue a idéia de uma arena na Zona Norte.
– Uma arena multiuso será útil não apenas para o Grêmio. Ela ajudará o Estado a atrair investimentos. O projeto inclui um grande centro de de convenções, algo que falta no Rio Grande do Sul – diz Odone.
LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZHGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.