| 02/10/2006 17h53min
Até então inocente, a Inter de Milão pode se complicar no decorrer das investigações sobre o escândalo no futebol italiano. Giuliano Tavaroli, ex-diretor dos sistemas de segurança da Telecom Itália e um dos principais suspeitos no escândalo de escutas telefônicas ilegais no país, revelou nesta segunda que o clube pediu para que fosse espionado o árbitro Massimo De Santis, condenado pela sua participação no esquema de manipulação de resultados.
Tavaroli mantinha uma central ilegal de escutas telefônicas e teria recebido a proposta de espionar De Santis entre agosto de 2002 e janeiro de 2003.
– A operação foi pedida pela diretoria da Inter de Milão e foi realizada em parte por Tavaroli – admitiu o seu advogado, Massimo Dinoia.
A revelação foi feita durante sessão de interrogatório na prisão de Voghera e o conteúdo da fita será levado aos tribunais. A polícia italiana investiga atualmente todas as operações financeiras dos envolvidos no escândalo no calcio, incluindo De Santis. Chamou a atenção dos oficiais o telefone de Tavaroli entre os contatos do árbitro.
De Santis foi condenado há quatro anos de suspensão pelo seu envolvimento, além de ser observado de perto pelos agentes, devido ao seu bom relacionamento com Luciano Moggi, ex-diretor da Juventus e principal cabeça do escândalo.
Em nota oficial divulgada por sua assessoria de imprensa, o presidente da Inter, Massimo Moratti, desmentiu todas as acusações feitas. O dirigente insistiu que o clube de Milão não teve ou tem qualquer envolvimento com o esquema e desafiou as autoridades italianas a acharem algo contra seu clube.
GAZETA PRESSGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.